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    Governo brasileiro acendeu “sinal amarelo” e prepara novas medidas para combater crise internacional

    A persistência da crise econômica internacional tem exigido esforços extras da equipe econômica do governo brasileiro. Para tentar “tirar o peso atual” da instabilidade financeira global sobre o país e tentar recuperar o mercado, novas medidas estão sendo estudadas. O secretário executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), Alessandro Teixeira, disse que o governo “acendeu o sinal amarelo” com o atual cenário e prepara novas intervenções.

    “Um problema hoje não é tanto resolver problema do crescimento, mas preparar a indústria para o ano que vem, para estar mais forte e poder ganhar mercado. Estamos trabalhando com 19 conselhos de competitividade setoriais. Neste momento estamos estruturando agendas para transformar em políticas, estamos discutindo toda a cadeia produtiva, desde área de aumento de investimento, questão tributária, competitividade, programa de fortalecimento e facilitação de acesso de exportadores ao mercado”, detalhou Teixeira em entrevista exclusiva à Agência Brasil.

    O secretário reconhece que o atual momento econômico está pior do que em 2008 e, por isso, as indústrias nacionais ainda precisam de ajuda. “Não vamos tentar reverter o quadro atual, porque é muito difícil reverter uma crise internacional, mas queremos tirar o peso atual da crise e tentar recuperar o mercado”, disse.

    Uma das propostas analisadas pelo governo é uma política de endomarketing que visa fortalecer o consumo do produto local. Os detalhes ainda estão indefinidos, mas a estratégia objetiva “conscientizar” a população a dar preferência aos produtos nacionais.

    “Uma das coisas que temos trabalhado, e vamos propor, é uma política de endomarketing que visa fortalecer o consumo do produto local, nacional. Ainda não sei como faremos isso, mas hoje as pessoas vão nas lojas e não sabem se o produto foi produzido aqui ou em outro país e quando compram importado não geram emprego aqui. É preciso conscientizá-las a dar preferência ao produto brasileiro, criar forte consumo local. Isso aquece a economia”, disso.

    Mesmo sem propostas concretas, o secretário executivo acredita que desonerações não entrem no novo pacote. “Já tivemos várias políticas de desoneração este ano. O Brasil tem que criar outras situações para criar competitividade”, disse. Teixeira defende medidas estruturais para garantir a competitividade industrial a longo prazo.

    “Medidas pontuais não resolvem o problema da indústria, temos que atacar de forma sistêmica. O problema da indústria brasileira não é só desoneração. Podíamos fazer desoneração da indústria inteira que mesmo assim ia ter setor que não iam conseguir competir. A gente vai trabalhar em outros pontos que não sejam só desoneração, se não conseguimos garantir competitividade a longo prazo”, disse.

    FONTE: África 21

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