O ministro da Geologia e Minas e Indústria, Joaquim David, afirmou na sexta-feira, em Luanda, que há no país confiança, clima de paz, ambiente e estabilidade macroeconómica para que a economia cresça e o investimento prossiga.
“O sistema político estável, democrático e o crescimento económico nacional garantem confiança aos investidores estrangeiros e aos nacionais”, disse.
O ministro, que fez estas declarações à imprensa, no final das inaugurações de uma série de fábricas no Km 30 e no Pólo Industrial de Viana (PIV), disse que o Governo está a desenvolver um programa que visa a criação de incentivos para o empresariado nacional.
Ao referir-se à fábrica Xu Tong, que deve transformar madeira em mobiliário e outros bens, disse que era tradicional o país exportar madeira em bruto. Com a entrada da fábrica no país, que confecciona mobília de qualidade para o mercado local e que até já pensa em exportação, o quadro pode mudar, o que é um motivo de satisfação, afirmou o ministro, referindo que tal acaba por acrescentar valor à madeira nacional.
O ministro Joaquim David disse que o Executivo possui um programa na fileira da madeira, que visa a potencialização das companhias nacionais neste domínio. O país, sublinhou, “está em formação e estamos convencidos de que, mais cedo ou mais tarde, vamos chegar onde queremos”, numa altura em que se ultimam os preparativos para que se estabeleçam incentivos económicos ao empresariado, com realce para o apoio da Banca e do Estado.
Em torno da indústria, o ministro disse também ser necessário haver um crescimento económico que faça paralelismo à explosão demográfica. “Nós estamos satisfeitos com os índices de crescimento de Angola. Em termos estatísticos mundiais não são índices pequenos. Mas queremos mais”, acrescentou.
Numa breve alusão ao passado de Angola, Joaquim David referiu que o país tem uma história recente de décadas de estagnação e até de retrocesso. Porém, afirmou que os investimentos de Angola “devem ser sempre aquilo que os angolanos querem em função das suas ambições e necessidades”.
Indústria madeireira
Em relação à indústria da madeira, o ministro Joaquim David reconheceu existir no país um potencial agrícola e florestal que permite exportar troncos e outras matérias-primas derivadas da madeira.
O ministro, que teceu estas considerações no acto da inauguração do complexo fabril de produção de artefactos de betão e de transformação de madeira Xu Tong, disse que esta empresa acrescenta valor à madeira nacional, ao promover a sua utilização na produção local de mobiliário.
“Dada a qualidade mundial dos produtos que vão ser fabricados na respectiva unidade fabril, a sua capacidade em volume, a fileira da madeira poderá passar de simples exportadora de matéria-prima em toros, para exportadora de mobiliário de qualidade ao nível internacional”, disse.
O ministro revelou-se optimista com uma possível mudança da actual posição de exportador de madeira para a de fabricante de produtos acabados, com realce para a produção de mobiliário e bens afins, que passam a ser feitos em Angola.
Com a Xun Tong, que realizou um investimento avaliado em 60 milhões de dólares, pretende-se suprir as necessidades do mercado nacional em mobiliário e valorizar a indústria nacional da madeira.
A fábrica possui diversas áreas, tais como estúdio de escultura, processamento de madeira e armazém, e emprega 200 pessoas.
O ministro disse que todo o investimento que tem estado a ser feito em Angola demonstra a confiança dos investidores estrangeiros e nacionais, o que deve contribuir para o desenvolvimento económico do país.
Joaquim David garantiu que o Executivo angolano tem gizado um plano para que os cidadãos possam participar em projectos da fileira das madeiras, cujos instrumentos financeiros estão em criação.
