O ministro angolano dos Transportes, Augusto da Silva Tomás, defendeu quinta-feira, em Oshikango, República da Namíbia, a execução de projectos exequíveis e que tenham a perspectiva estratégica de instalação de uma rede de transportes, onde se pontifica a questão das ligações transfronteiriças.
Augusto Tomás, de acordo com uma nota do Ministério dos Transportes, a que a Angop teve acesso hoje, discursava durante a inauguração da segunda fase da extensão do Caminho-de-Ferro Ondangwa/Oshikango, em cerimónia presidida pelo Chefe de Estado da República da Namíbia, Hifikepunye Pohamba, e assistida pelo fundador da Nação namibiana, Sam Nujoma.
“A nível da reabilitação e modernização das linhas-férreas existentes em Angola, podemos dizer que o Caminho-de-Ferro de Luanda já se encontra completamente operacional em toda a sua extensão de cerca de 425 quilómetros, atravessando as províncias de Luanda, Bengo, Kwanza Norte até Malanje”, informou o ministro.
Quanto ao Caminho-de-Ferro de Benguela, disse, circula até ao Bié, passando pelas províncias de Benguela e Huambo, prevendo-se que em Agosto próximo chegue ao Moxico, e ao Luau no final do ano, numa extensão de cerca de 1348 quilómetros.
No que ao Caminho-de-Ferro de Moçamedes (CFM) diz respeito, o programa estará concluído em Agosto próximo, atravessando as províncias do Namibe, Huíla e do Kuando Kubango, numa extensão de 974 quilómetros.
Deste modo, revelou que o passo seguinte será a concepção e a implementação dos projectos visando a interligação com os países limítrofes, onde se enquadra a ligação do CFM à fronteira sul, eventualmente, num futuro próximo, quando forem reunidas as condições técnicas, financeiras, humanas, materiais e operacionais.
A integração da rede ferroviária a nível externo, avançou, prevê, por conseguinte, a ligação das redes nacionais às redes dos países limítrofes, e através destas, as dos outros países da sub-região, e a rede transafricana que liga internamente os principais países do continente.
O ministro defendeu igualmente que se articulem as ligações ferroviárias com as demais redes modais, nomeadamente, a rodovia, o transporte aéreo, o transporte marítimo, mediante adequados interfaces e terminais intermodais e multimodais.
Para Augusto Tomás, o governo namibiano deu mais um passo decisivo rumo à integração regional, de tal forma que está a se incrementar a circulação de pessoas e mercadorias, permitir a fluidez dos circuitos com a produção, distribuição e consumo, elevar a dinâmica do mercado de bens e serviços, aumentando-se a oferta de bens, reduzindo-se os custos.
FONTE: Angop