
Segundo a responsável, que intervinha no acto de abertura do fórum regional de política nacional de medicina tradicional e práticas complementares, que decorre desde hoje nesta cidade, para tal, o Executivo angolano pretende criar mecanismos jurídico-legais necessários a promoção de boas práticas, de modo a garantir que o acesso seja equitativo e que se assegure autenticamente, com eficácia e segurança, estas terapias.
Disse que a Constituição da República estabelece como tarefas fundamentais do Estado a promoção de políticas que permitem tornar universais e gratuitas os cuidados primários de saúde, propiciando, deste modo, que outras políticas sejam enquadradas nas várias tipologias universais de entendimento abrangente às populações, quer nas zonas rurais como nos arredores das grandes cidades, onde, diariamente, já se promove a cura, através da medicina tradicional.
“Em Angola, cerca de 27 porcento das espécies vegetais são consideradas endémicas, com interesse desde alimentares, oleaginosas a um levando número de plantas com utilidade medicinal”, avançou a responsável, no seu decurso de abertura do fórum que decorrer sob o lama “O resgate e a valorização da medicina tradicional segura ao serviço da saúde”.
Realçou que a inexistência de uma política de medicina tradicional e a falta de articulação entre os diversos praticantes, os serviços de saúde e a investigação científica, tem provocado uma dispersão de iniciativas, não garantido, deste modo, a biossegurança, ética, bem como a eficácia na utilização de plantas.
Deste modo, Rosa Pacavira sublinhou que o sucesso da implementação da política nacional de medicina tradicional exige um compromisso do Governo em conjunto com todos os quadros da sociedade fazendo de forma responsável e colectiva.
“É por isso importante que todos os quadrantes sociais, ongs, terapeutas, organizações de camponeses, igrejas, universidades, sector empresarial, organismos internacionais possam contribuir com comentários, sugestões e propostas para a política nacional de medicina tradicional”, acrescentou.
No entanto, avançou, foi constituída uma equipa técnica de formulação composta por representantes da Casa Civil da Presidência da República, dos ministérios da Agricultura, Desenvolvimento Rural e Pescas, da Saúde, do Ensino Superior, Ciências e Tecnologia, Cultura, Comercio, Industria e da Educação.
Frisou que a Organização Mundial da Saúde (OMS) tem vindo a estimular o uso da medicina tradicional, complementar e alternativa nos sistemas de saúde de forma integrada as técnicas da medicina ocidental e moderna, assim como preconiza o desenvolvimento de políticas que observam os requisitos de segurança, eficácia, qualidade e uso racional.
Fonte: ANGOP