
O evento, com duração de apenas um dia, enquadra-se na política nacional de medicina tradicional e práticas complementares (Ponmetra), que está a ser promovida pela Casa Civil da Presidência da República desde o mês de Junho no país.
O fórum está a decorrer sob o lema “O resgate e a valorização da medicina tradicional segura ao serviço da saúde”, servindo de antecâmara para a análise de temas como o fomento da agro-indústria para o processamento e transformação de fitoterápicos e utros produtos naturais, bem como o controlo e fiscalização na comercialização dos mesmos.
O conclave visa integrar as práticas da medicina tradicional no sistema de saúde nacional, bem como no exercício da medicina convencional e desenvolver um modo de assistência sanitária nos cuidados primários de saúde.
Em abordagem estão ainda o incremento, diversificação e sustentabilidade na produção das plantas com fins medicinais e protecção da biodiversidade e o fomento da investigação científica em toda a cadeia da medicina tradicional e práticas complementares.
Os mecanismos jurídico-legais, importância da formulação da lei obre a prática da medicina tradicional e protecção dos direitos de propriedade do conhecimento tradicional, assim como a salvaguarda do conhecimento da prática dessa medicina na vertente da protecção da propriedade intelectual fazem parte dos temas em abordagem.
Ao intervir na cerimónia de abertura, a vice-governadora de Malanje para o sector político e social, Alice Van-Dúnem, destacou a importância da medicina tradicional para o sistema de saúde pública no país consagrada por lei.
Referiu que o Executivo tem desenvolvido várias acções de inclusão de todos os actores do sistema sanitário, para que, de modo organizado, linear e satisfatório, se atinjam os objectivos do sector da saúde.
“A nossa Lei Magna consagra a promoção de políticas que permitam uma uniformização dos cuidados primários de saúde de forma gratuita”, sustentou, acrescentando que essa posição visa a valorização e o resgate da terapia tradicional, por constituir um património cultural do povo angolano.
Segundo a governante, a integração da medicina tradicional na científica é um mecanismo que pode ajudar como alternativa a assistência sanitária dos cidadãos nas zonas longínquas do país.
De acordo com estudos científicos, a medicina tradicional é uma combinação total de conhecimentos, habilidades e práticas baseadas em teorias, crenças e experiências oriundas sãs diferentes culturas, sejam ou não explicáveis e usadas para a prevenção, diagnostico e tratamento de doenças físicas ou mentais.
O fórum está a ser marcado com uma exposição de medicamentos tradicionais.
A feira conta com diversas qualidades de medicamentos originários de raízes e plantas, expostas por terapeutas das províncias de Malanje e Kwanza Norte.
Participam terapeutas tradicionais, médicos, técnicos sanitários, administradores municipais, estudantes, autoridades tradicionais e representantes de outros estratos sociais das províncias de Malanje e Kwanza Norte.
Fonte: ANGOP