A Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) anunciou hoje que o consórcio liderado pela empresa Almada Mining SA (detida a 100 por cento pela empresa canadiana Petaquilla Minerals Ltd), com a EDM – Empresa de Desenvolvimento Mineiro, SA, foi o vencedor do procedimento concursal para a atribuição de uma área de exploração experimental de ouro pelo período de três anos e a uma outra área adjacente para prospecção e pesquisa de ouro na área de Jales/Gralheira (Vila Pouca de Aguiar – distrito de Vila Real).
O investimento associado a este processo poderá atingir os 66 milhões de euros, prevendo-se na fase de exploração a criação de 100 postos de trabalho diretos e 250 indiretos.
No âmbito do procedimento são exigidos trabalhos mínimos obrigatórios a realizar durante esta primeira fase de três anos, que se traduzem num investimento previsível superior a 26 milhões de euros.
Após este período, a empresa poderá solicitar a concessão definitiva e, com isso, preparado e aprovado o respetivo Estudo de Impacte Ambiental, iniciar uma exploração definitiva, a que corresponderá um investimento adicional de 40 milhões de euros.
A área de Jales/Gralheira é uma zona tradicionalmente reconhecida pelas inúmeras ocorrências e antigas produções de ouro e metais associados, nomeadamente prata.
Novos contratos para explorações mineiras
Também hoje foram assinados quatro novos contratos de concessão de recursos minerais metálicos para as áreas de Monte das Mesas, Arcas, Banjas e Banjas/Poço Romano. Estes contratos representam, no total, um investimento que poderá ascender a 6,8 milhões de euros.
Os contratos formalizados com as empresas EDM, MAEPA e Almada Mining (esta última responsável por dois projetos) abrangem a pesquisa, prospeção e explorações de vários minérios, de acordo com as diferentes áreas.
Numa fase mais avançada está o projeto que inclui a concessão experimental de exploração de ouro em Banjas (concelhos de Gondomar e Paredes) pela Almada Mining, detida pela empresa candiana Petaquilla Minerals Ltd cotada na bolsa de Toronto e detentora de uma mina de ouro atualmente em produção no Panamá.
Esta concessão poderá envolver investimentos graduais e superiores a 5 milhões de euros neste período e que permitirão iniciar a exploração de ouro em fase pré-industrial ainda na vigência deste contrato.
Almada Mining em várias frentes
A Almada Mining é, também, responsável pela prospeção e pesquisa de antimónio, ouro, prata, cobre, chumbo, zinco, estanho, volfrâmio e pirites, na área de Banjas (concelhos de Gondomar, Valongo, Paredes, Penafiel, Castelo de Paiva, Vila Nova de Gaia e Santa Maria da Feira). Este projeto terá um investimento mínimo de 160.000 €, a ser feito faseadamente.
Na área de Monte das Mesas (concelho de Aljustrel), a cargo da EDM, está contemplada a prospeção e pesquisa de cobre, zinco, chumbo e prata, num investimento mínimo de 950.000 €, em três fases que se prolongam por cinco anos.
O quarto projeto, da responsabilidade da empresa MAEPA, será concretizado na área de Arcas (concelhos de Valpaços e Chaves) e prevê a prospeção e pesquisa de tungsténio, ouro, prata, cobre, chumbo e zinco. O investimento passa pelo valor mínimo de 390.000 € em fases de 2, 1 e 1 anos.
FONTE: Expresso