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    Conselheiro do Fundo de Timor-Leste gaba-se de desviar dinheiro

    Numa gravação feita às escondidas e denunciada por um anónimo, ouve-se Olgário de Castro, presidente do Conselho Consultivo de Investimento para o Fundo Petrolífero de Timor Leste, reconhecer usar em seu proveito o dinheiro do país.

    A imagem que acompanha o vídeo colocado no YouTube é identificada como sendo a de Olgário de Castro
    A história chegou anonimamente à imprensa australiana e a gravação está já disponível no YouTube (ver fim do texto). No registo áudio, Olgário de Castro, nada menos que o presidente do Conselho Consultivo de Investimento para o Fundo Petrolífero de Timor Leste, fala da forma como usa a seu favor o dinheiro do Fundo.

    Na conversa em que parece discutir com três australianos um negócio que pode ter custado a Timor mil milhões de dólares, Olgário de Castro gaba-se, entre outras coisas, de poder gerir 600 milhões de dólares, por ano, como entende e para benefício também dos “amigos” que queiram “participar”.

    Supostamente realizada num café, em dezembro de 2010, segundo o “The Sydney Morning Herald”, a gravação tem muitas frases impercetíveis e alusões impossíveis de descodificar. Ainda assim, há uma passagem em que Olgário Castro fala de uma conta na Suiça e diz ter já recusado um apartamento em Singapura e um jato privado por isso o “obrigar a dar explicações”.

    Um cargo poderoso

    De acordo com a Lei do Fundo Petrolífero de Timor Leste, “o Governo, através do Ministério das Finanças, é responsável pela gestão global do Fundo, em nome do povo de Timor-Leste”.

    Mas, diz a mesma lei, “o Ministério das Finanças é obrigado a solicitar o parecer do Conselho Consultivo de Investimento antes de tomar decisões sobre qualquer assunto relacionado à estratégia de investimento ou gestão do Fundo Petrolífero”, avaliado em 10,5 mil milhões de dólares e que, na prática é a base quase única da frágil economia de Timor.

    Num outro momento da “conversa de café”, Olgário de Castro afirma ser muito próximo de Xanana Gusmão. Diz ainda ter-lhe sido proposto ocupar o cargo de ministro das Finanças, tanto pela atual ministra, Emília Pires, como pelo partido da oposição, mas isso não lhe interessou: “Quero o dinheiro, não o poder”, ouve-se na gravação.

    Segundo o mesmo jornal, o primeiro-ministro Xanana Gusmão terá já pedido uma investigação sobre o assunto.

    FONTE: Expresso

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