A companhia de aviação escapou à paralisação de nove dias que começaria já amanhã, mas não conseguiu evitar o cancelamento de reservas por parte de 46 mil passageiros.
De acordo com informações divulgadas pela TAP, os prejuízos decorrentes da ameaça de greve dos pilotos, que hoje foi cancelada, atingiram 9,7 milhões de euros, fruto de 46.230 cancelamentos de reservas por parte de passageiros que preferiram não voar ou escolheram outra companhia de aviação para realizar a sua viagem.
A transportadora aérea confirma que chegou “hoje a um acordo” com o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC) que permitiu cancelar os protestos, agendados para o período entre 5 e 8 de Julho e ainda de 1 a 5 de Agosto. Se a paralisação se concretizasse, a TAP estimava ter de cancelar mais de dois mil voos, afectando cerca de 307 mil passageiros.
“Além da reapreciação de diversas questões de natureza disciplinar, as partes comprometem-se a criar um grupo de trabalho permanente que terá em vista a resolução e criação de soluções para os conflitos laborais emergentes da interpretação e aplicação do acordo de empresa, bem como de todos e quaisquer outros assuntos que contendam com a paz social e clima laboral”, refere o comunicado da TAP.
O conselho de administração da empresa diz “lamentar os prejuízos e inconvenientes já causados pelo anúncio da greve” e afirma que “tudo continuará a fazer para, através do diálogo, evitar maiores danos para os seus passageiros e para a economia nacional.
O SPAC anunciou à hora de almoço o cancelamento da greve. Os pilotos exigiam que o director de operações de voo e o piloto chefe fossem afastados dos cargos e ainda que fossem anuladas todas as faltas injustificadas e sanções aplicadas pela administração, decorrentes de interpretações distintas do acordo de empresa.
FONTE: Público