O avançado estado de degradação da estrada que liga a sede municipal da Quilenda à cidade da Gabela, na província do Kwanza-Sul, está a criar grandes transtornos ao processo de desenvolvimento social e económico em curso naquela região, reconheceu na sexta-feira a administradora da localidade.
Maria Monteiro disse ser urgente uma intervenção no sentido de normalizar a circulação e permitir que o município acompanhe o desenvolvimento social e económico em curso no país. A degradação da via de acesso está a desencorajar os potenciais investidores e, além disso, a atrasar o ritmo na execução de certas acções que requerem o transporte de materiais da Gabela para o município. O trabalho de terraplanagem realizado há algum tempo nunca foi concluído.
Abastecimento de água
Cerca de seis mil pessoas das comunidades de Dikita, Xichengue, Andulo-Hambiri e do Pembe já têm água, graças à construção do sistema de abastecimento.
Um outro, de captação, tratamento e distribuição de água potável, está igualmente em construção na sede do município da Quilenda, com a conclusão prevista para Setembro e vai beneficiar munícipes da vila e arredores, garantiu a administradora.
“Estamos satisfeitos com a conclusão do sistema de captação e distribuição de água potável às populações e temos a certeza que as doenças resultantes do consumo de água imprópria vão diminuir”, frisou. A administração municipal da Quilenda concebeu um plano de acção para 2012, do qual constam a reabilitação e construção de infra-estruturas sociais. Dos projectos em curso, alguns estão quase concluídos, como a construção da central eléctrica na vila, campo polidesportivo, parque infantil, escola com quatro salas e outras áreas. Em construção estão igualmente dois postos de saúde e casas para enfermeiros, nas localidades de Canonguena e Burica Nhama.
Os sectores da Saúde e Educação enfrentam dificuldades de ordem conjuntural, à semelhança de outras localidades da província e do país.A rede sanitária em funcionamento é composta por um centro de saúde de referência, uma maternidade, cinco postos públicos e oito privados. O corpo clínico é constituído por duas médicas e 48 enfermeiros dos vários escalões.
No sector da Educação as dificuldades são inormes: há falta de espaços e de professores, principalmente no meio rural. A rede escolar é composta por 43 escolas, das quais sete de carácter definitivo e as demais precárias, num total de 248 salas.
Para o presente ano lectivo, foram matriculados 18.198 alunos, da iniciação ao segundo ciclo do ensino secundário. Os trabalhos são assegurados por 545 professores. Devido à falta de docentes e de escolas, estão fora do sistema do ensino 5.786 crianças em idade escolar.
Faltam investimentos
O sector agrícola, no município da Quilenda necessita de investimentos sérios para permitir o relançamento da produção e criar emprego nas comunidades. De acordo com Maria Monteiro, das 160 fazendas que o município possui, apenas 10 desenvolvem pequenas actividades, longe de disponibilizar bens e serviços aos habitantes da região.
“Estamos abertos a apoiar iniciativas privadas no sector agrário, porque entendemos que são as que garantem emprego e oferta de bens às nossas populações”, garantiu a administradora.