Os ideais das tropas internacionalistas cubanas, que lutaram ao lado dos angolanos, para conquista e consolidação da Independência, estão a ser alicerçados com a construção de uma Angola livre, justa e desenvolvida.
O facto foi expresso hoje, domingo, em Luanda, pelo presidente da Assembleia Nacional do Poder Popular de Cuba, Ricardo Alarcón de Quesada, quando intervinha na cerimónia de homenagem ao herói cubano que morreu em Angola durante a luta pela consolidação da Independência, Raul Dias Arguelles, no cemitério do Alto das Cruzes.
Referiu que os povos angolanos e cubanos deverão seguir sempre, com consciência, o exemplo dos militares dos dois países, que com bravura defenderam as causas de ambas nações.
O presidente do parlamento cubano, acompanhado do presidente em exercício da Assembleia Nacional, João Lourenço, sublinhou que a amizade e solidariedade entre os dois povos prevalecerão para todos os tempos.
Ao falar das qualidade de Raul Arguelles, realçou que trata-se de um dos principais chefes das tropas cubanas em Angola e o primeiro a tombar em combate porque era destemido e enfrentava o inimigo “de peito aberto”, sem se preocupar com os excessos de segurança de um comandante.
Reconheceu que o comandante representou os cubanos com dignidade porque sempre amou Angola como a sua própria nação e falava do seu povo com carinho e paixão, por estar profundamente comprometido com a luta pela libertação.
Lembrou que foi por intermedio Raul Arguelles que tomou conhecimento da difícil situação que o país vivia na altura e das vicissitudes da guerra.
“Apesar dos seus restos mortais terem sido transladados para Cuba ele continua sempre aqui porque amou esta terra”, asseverou na ocasião, que sucedeu a deposição de uma coroa de flores no túmulo do comandante cubano.
Por sua vez, o ministro dos Antigos Combatentes Veteranos da Pátria, Kundi Paihama, afirmou que os combatentes angolanos e cubanos fizeram história e, por isso, “garantimos que manteremos fielmente a chama da nossa irmandade”.
Frisou que os angolanos jamais esquecerão o sangue derramado pelos cubanos e expressarão sempre a sua solidariedade para com a causa cubana.
O acto de homenagem terminou com a deposição de uma coroa de flores no Memorial da Batalha de Kifangondo, local onde as ex-FAPLA aliadas ás tropas cubanas travaram a decisiva, e por isso histórica, batalha que viabilizou a Independência de Angola, a 11 de Novembro de 1975.
O presidente da Assembleia do Poder Popular de Cuba, Ricardo Alarcón de Quesada, cumpriu hoje o seu quarto dia de estada em Angola no quadro do reforço da cooperação parlamentar entre os dois países, marcado também pela visita ao Centro Cultural “Dr. António Agostinho Neto”, na vila de Catete.
FONTE: Angop