O ministro da Economia de Timor-Leste, João Gonçalves, afirmou à agência Lusa que o dinheiro do Fundo Petrolífero do país tem servido para criar as infraestruturas necessárias ao desenvolvimento de outros setores da economia.
“Com o dinheiro do petróleo vamos gradualmente melhorando as nossas infraestruturas para que outras áreas setoriais da economia se possam desenvolver e possamos diminuir a dependência”, disse João Gonçalves.
O ministro falava à Lusa para fazer um balanço dos cinco anos do Governo antes das eleições legislativas de 07 de julho, às quais se candidataram 21 partidos e coligações.
O Fundo Petrolífero de Timor-Leste era de cerca de 10 mil milhões de dólares (7,9 mil milhões de euros) em abril e financia a quase totalidade do Orçamento do Estado.
Nos últimos cinco anos, segundo o ministro, foram lançadas as bases que permitem contribuir para a existência de um setor privado forte que permita também o crescimento económico e a redução da pobreza.
“Nós temos grandes potenciais. As nossas riquezas não são só o petróleo e o gás. Infelizmente, somos um país rico com gente pobre. Essa é a realidade timorense”, afirmou.
Segundo dados das Nações Unidas, cerca de 40 por cento dos pouco mais de um milhão de habitantes é pobre.
Para proteger a população mais pobre e vulnerável, o Governo criou bolsas de apoio aos idosos, cidadãos com deficiência e um programa de distribuição de casas.
Para o ministro da Economia, Timor-Leste tem outros potenciais, nomeadamente na área dos recursos naturais, agricultura, pescas e turismo, que é preciso desenvolver.
“Temos (…) mármore, manganês, ouro, prata, cobre, níquel, bastante calcário e pedras preciosas que ainda estão para ser explorados. Está a preparar-se o quadro legal (para o fazer)”, explicou.
“O nosso mote de Adeus Conflito, Bem-vindo Desenvolvimento é bem significativo de que queremos lançar a imagem de que o conflito está ultrapassado. Nós agora temos de nos concentrar no desenvolvimento”, afirmou.
Lusa