Mais de quatro milhões de pessoas que vivem no meio rural vão beneficiar, ainda este mês, de água potável, como resultado do Programa Água para Todos, garantiu na cidade do Lubango, o director nacional do sector, Lucrécio Costa.
O técnico falava na cidade do Lubango sobre o tema “Perspectivas de Melhorias do Abastecimento de Água para o Consumo Humano”, durante a realização do Conselho Consultivo do ministério da Energia e Água.
O director Nacionalde Abastecimento de àgua e Saneamento explicou que até ao ano de 2009, menos de dois milhões de angolanos tinham acesso a uma fonte segura de água no meio rural.
Hoje, assegurou, há um salto qualitativo em termos de acesso à água no meio rural “e estamos no caminho certo para cumprirmos as metas, não obstante alguns atrasos”.
Fruto das acções do Executivo na execução de vários programas no sector das águas, hoje, os níveis de cobertura atingiram já 50 por cento no meio rural.
Com excepção das cidades do Luena, Menongue e Mbanza Congo, onde os níveis ainda não são os desejados, as outras cidades registam melhorias significativas no abastecimento de água potável. ”Mas queremos ainda mais. Por exemplo, aqui na Huíla, estamos a trabalhar para triplicar as capacidades de reserva de água na cidade do Lubango”.
O director Nacional de Abastecimento de Água e Saneamento assegurou que é objectivo do Executivo atingir até 2014, 7, 5 milhões de pessoas com acesso a uma fonte segura de água no meio rural. Em todas as províncias, a par da execução de milhares de projectos, estão ainda em curso 525 projectos de pontos de água. Com a sua conclusão até 2013, o nível de cobertura é ainda melhor.A meta traçada pelo Executivo é que Angola possa figurar no grupo de países que atingiram as Metas de Desenvolvimento do Miénio, em 2015.
Rede nacional
Paralelamente ao abastecimento de água, o Executivo está a implantar a rede nacional de laboratórios de supervisão e controlo da qualidade de água de consumo humano.
“O Executivo está a conjugar acções que têm como finalidade a qualidade de vida das populações e a coesão social”, referiu.
A cidade do Namíbe tem um projecto de captação, tratamento e abastecimento de água que foi já aprovado pelo Conselho de Ministros. São obras de grande envergadura que vão garantir a todas as comunidades da província, nos próximos 36 meses, ter resolvido o problema do abastecimento de água.
A província do Namibe vive grandes problemas no sector das águas, devido às suas características desérticas é ao aumento da população nas zonas urbanas, sobretudo na capital provincial.
Sucesso em Benguela
Lucrécio Costa referiu que hoje praticamente 85 por cento das zonas urbanizadas da cidade de Benguela estão cobertas com rede de distribuição de água domiciliar: “é um grande sucesso do Executivo”, disse.O novo sistema de abastecimento de água à cidade de Saurimo foi inaugurado há dois anos o que faz com que registe melhorias na capacidade de produção diária.
Lucrécio Costa defendeu que é necessário melhorar a organização e sobretudo a cobrança dos consumos, para a recuperação dos custos, porque os sistemas têm de ser minimamente sustentados e isso só é possível com manutenção permanente, o que fica muito dispendioso. Por isso, os consumidores têm de pagar as facturas da água, para em contrapartida terem um abastecimento permanente e com qualidade.