A província de Cabinda registou, entre Janeiro de 2009 e Maio deste ano, 1.106 casos de violência doméstica, revelou a secretária local da Família e Promoção da Mulher.
Mónica Polaco afirmou que 819 destes casos foram solucionados pela Secretaria da Família e Promoção da Mulher, enquanto 28 outros tiveram de ser encaminhados para o Tribunal. A par destes casos, o sector acompanhou também nove casos levados à Direcção Provincial de Investigação Criminal (DPIC).
Nos últimos dois anos foram assinados 75 termos de responsabilidade e a secretaria da Família e Promoção da Mulher fez ainda o acompanhamento de 38 casos de pais que tiveram que registar, na Conservatória, os filhos, depois de terem negado a paternidade das crianças.
A secretaria provincial realizou 43 visitas a famílias reconciliadas e 53 palestras de educação familiar. Mónica Polaco referiu que em relação aos anos transactos, houve um aumento de 314 casos, devido à aprovação e divulgação da Lei contra a Violência Doméstica e ao facto da população estar mais sensibilizada para a denúncia das agressões.
A responsável da secretaria da Família e Promoção da Mulher em Cabinda referiu que a própria mulher quebrou o mito de que ao efectuar a queixa podia perder o lar ou a harmonia com os parentes do cônjuge, o que tem feito com que mais pessoas apresentem queixa.
Um dos ganhos da aprovação da Lei, acrescentou, é a presença de alguns homens a pedir conselhos sobre a convivência no lar e a apresentarem queixas sobre os actos de violência de que são vítimas.