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    Urgências médicas preocupam Ordem

    O Executivo está preocupado em melhorar o atendimento nos bancos de urgência dos hospitais. A informação foi dada ontem, pelo bastonário da Ordem dos Médicos de Angola, Carlos Alberto Pinto de Sousa.
    O bastonário disse que a sinistralidade rodoviária e as doenças crónicas não transmissíveis são fenómenos das sociedades modernas. Por isso, exigem métodos para melhorar o seu atendimento urgente em qualquer parte do país, onde acontece um sinistro.
    “Tem sido preocupação do Executivo melhorar os programas de atendimento urgentes, tanto nos bancos de urgência como em qualquer situação que o cidadão esteja em perigo. Uma questão que deve ser cautelada nos hospitais, é a organização das estruturas, que devem preparar as equipas com a disponibilização dos meios, para garantirem o rápido atendimento”, disse o bastonário.
    O médico Carlos Alberto Pinto de Sousa falava ontem durante um encontro realizado pelo Hospital Josina Machel sob o tema “A sinistralidade rodoviária e as doenças crónicas não transmissíveis” que conta com a participação de especialistas do Ministério da Saúde, Ministério do Interior, Ministério da Cultura e médicos estrangeiros.
    Carlos Alberto Pinto de Sousa defendeu a criação de uma cadeia de cuidados permanentes, bem organizada, desde o local dos acidentes até a um hospital preparado para atender situações utgentes de trauma, para salvar vidas.
    “A solução passa também pelo desenvolvimento de uma linha específica de trauma, onde o socorro requer uma abordagem multidisciplinar, com base em equipas experientes e fixas, em que estejam presentes médicos, enfermeiros e outros profissionais. É preciso introduzir procedimentos correctos nos bancos de urgência e divulgar as normas de boas práticas na área da traumatologia”, disse Pinto de Sousa.
    O bastonário da Ordem dos Médicos afirmou que em Angola as doenças crónicas não transmissíveis têm vindo a aumentar e constituem hoje um problema de saúde pública, “pelo que devemos reforçar as medidas preventivas”.

    Pinto de Sousa diz que é preciso alertar os cidadãos para os factores de risco e as medidas preventivas, através de campanhas públicas, veiculadas pelos meios de comunicação, nas escolas, nas colectividades e nas famílias. Neste sentido é importante obter a colaboração de todas as instituições para maior intervenção social.
    Carlos Alberto Pinto de Sousa enalteceu a iniciativa do Hospital Josina Machel, pela gravidade da situação da sinistralidade e das doenças crónicas não transmissíveis em Angola, que constituem um problema transversal. “As causas da sinistralidade assentam numa dinâmica em que intervêm diversos factores que afectam as famílias, trazendo consequências sociais, económicas e ambientais nefastas. A questão da sinistralidade não se coloca apenas em Luanda, mas também noutras cidades”, disse Pinto de Sousa.
    O bastonário referiu que as mortes em acidentes resultam da ocorrência dos sinistros, que apresentam consequências e danos humanos, físicos e psíquicos. É necessário reflectir sobre a organização dos serviços e dos profissionais que prestam os cuidados urgentes, após um sinistro.
    “Devemos ter atenção ao politraumatizado, que requer abordagem em diversas áreas médicas, exigindo que seja tratado por uma equipa que tenha uma visão global e integrada do doente”, disse o bastonário.

    FONTE: JA

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