O governador do Banco Nacional de Angola (BNA), José de Lima Massano, esclareceu ontem (terça-feira) aos deputados da Assembleia Nacional (AN) sobre a entrada em vigor, em 2013, de uma nova família de notas e moedas metálica do Kwanza, denominadas série de 2012.
Ao dirigir-se ao plenário da AN, o governador do BNA assegurou não haver, com o lançamento da nova família de notas e de moedas, qualquer risco de provocar inflação, uma vez que o saldo do papel-moeda em circulação continuará o mesmo.
E, deste modo, prosseguiu, não haverá qualquer influência sobre o comportamento da base monetária ou dos meios de pagamento.
Recorrendo à teoria económica, ressaltou o facto de identificar a inflação como o resultado da emissão excedente de moeda sobre o crescimento do produto em determinado período de tempo, mantendo constante as demais condições.
“Ela indica que o aumento de preços decorre da emissão do papel-moeda sem lastro”, sendo assim só há inflação com a expansão permanente da oferta da moeda e este não é o caso do lançamento da nova família de notas e de moedas”, frisou.
De acordo com José de Lima Massano, haverá uma efectiva economia de recursos públicos destinados à fabricação e ao armazenamento das notas, além de um enorme ganho com a sua preservação.
Salientou que no ano de 2002, quando o BNA lançou as notas de mil e dois mil kwanzas houve um grande temor de que esse facto pudesse contribuir para o aumento da inflação.
Afirmou que naquele ano (2002) aconteceu exactamente o contrário. No mês de lançamento das novas notas a inflação atingiu o nível mais baixo da época.
Relativamente ao ano em curso, Massano disse que, até hoje, as contas públicas estão equilibradas, a oferta da moeda está sob controlo e o produto real deve apresentar uma elevada taxa de crescimento e a inflação tem tudo para continuar o seu ritmo (decrescente), devendo encerrar o ano dentro do objectivo programado pelo executivo.
Explicou que, com a aprovação da nova família de notas e de moedas metálicas, existe toda uma logística a ser cumprida pelo BNA, pelo que deverão entrar em circulação entre seis a oito meses após a aprovação da Proposta de que autoriza o BNA a emitir e a pôr em circulação novas notas de kwanzas e moedas metálicas.
FONTE. Angop