O MPLA, enquanto partido democrático, ganhador e credível, não faz recurso a fraude para vencer eleições, assegurou o presidente da sua Bancada parlamentar, Virgílio de Fontes Pereira.
O deputado, que lia uma declaração política à XI sessão plenária ordinária do Parlamento, expressou o facto em resposta ao líder do grupo parlamentar da Unita, Raul Danda, para quem a integridade do processo eleitoral está ameaçada.
Fontes Pereira garantiu estar assegurada a base legal para que o processo eleitoral se realize de acordo com o exigível e desejável num Estado Democrático e de Direito, e “agiremos, como sempre, com a dignidade de qualquer nação no mundo”.
Confiante, afirmou que os militantes, simpatizantes e amigos do MPLA estarão, mais uma vez, à altura de demonstrar a sua capacidade organizativa e a sua determinação em manter o país num rumo certo, que assegure um futuro tranquilo.
Frisou que o MPLA demonstrou este facto com a participação massiva na manifestação que teve lugar sábado último, de apoio ao cabeça de lista do partido, o Presidente José Eduardo dos Santos, sublinhando que a dimensão e a espontaneidade desse apoio, bem como a força e a alegria manifestadas nesse acto falam por si.
“Só um líder forte, carismático e querido pode mobilizar a simpatia da população ao mais alto grau. Só um Partido credível, democrático, dinâmico e ganhador, como o MPLA, pode demonstrar o elevado índice de popularidade. Isto certifica que nós, os fortes, não precisamos de fraude”, afirmou.
Por seu turno, o líder do Grupo Parlamentar da FNLA, Ngola Kabangu, defendeu a necessidade de se criarem mecanismos de segurança eficazes para que os cidadãos exerçam o seu direito de voto com liberdade democrática.
Quintino Moreira, presidente do grupo parlamentar da Nova Democracia, advogou a eliminação de todo tipo de “clivagem” na processo eleitoral, e que os órgãos de justiça estejam preparados para sancionar eventuais desvios.
Em seu entender, os actores políticos angolanos devem partir para a batalha eleitoral com o espirito “desarmado” e respeitar os resultados. Há que saber ganhar e perder, acrescentou.
“A derrota deve ser encarada com espírito desportivo, sem perder a esperança de vitória no futuro. Saber aceitar significa pagar o preço da democracia, afastando sempre a hipótese de um conflito por causa do poder”, aconselhou.
Lembrou que 1992 e 2008 os políticos tiveram motivos para se orgulhar do povo angolano, pelo civismo e maturidade demonstrados nas eleições. “Oxalá o povo tenha motivos para se orgulhar dos políticos”, desta vez, augurou.
Por seu turno, o líder da bancada parlamentar o PRS, Sapalo António, direccionou a sua intervenção para os diplomas em análise na sessão, sobretudo em relação a Lei que Autoriza a Emissão e Circulação de novas notas de Kwanzas, assim como de moedas metálicas.
Nesta linha, Sapalo António chamou atenção para que esta medida não venha a interferir negativamente no poder de compra do cidadão e na inflação.
FONTE: Angop