A internacionalização efectiva dos bancos angolanos depende essencialmente, entre outros factores, da consolidação das suas operações internamente, prestando um serviço de qualidade aceitável a todos os níveis pelos clientes, quer sejam nacionais ou estrangeiros.
A afirmação é do administrador executivo do Banco Africano de Investimentos (BAI), Luís Lélis, acrescentando não haver, por enquanto, tanta necessidade dos bancos angolanos internacionalizarem-se, uma vês que o mercado interno oferece boas oportunidades de penetração e expansão.
Para o responsável, que não adiantou detalhes sobre os possíveis riscos e vantagens, os bancos angolanos devem pensar primeiro em imporem-se no mercado nacional, tendo em conta que uma “presumível emigração” implica conhecer-se a cultura, a legislação e oportunidades do mercado em perspectiva.
“Para o BAI claramente o mercado angolano é a prioridade. A internacionalização é uma oportunidade, mas para nós o mercado de escolha e estratégico é mesmo o angolano. Nós vamos com passos seguros para esse caminho. A banca é como o sistema circulatório no corpo humano. E nós também” – disse.
Luís Lélis falava recentemente à Angop sobre as estratégias de internacionalização da banca angolana, acrescentou que o BAI, em particular, começou nesse processo em 1998, com a abertura de uma sucursal em Lisboa (Portugal), vindo mais tarde (em 2002) a ser transformada num banco de direito europeu.
“Nós neste momento estamos em Portugal, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, onde detemos 71% do Banco BAI deste país. Temos um escritório de representação na África do Sul e temos ainda uma participação no Brasil. Mas continuamos a olhar para outras oportunidades com os pés sempre assentes no chão” – referiu.
A propósito, no dia 20 do mês em curso, administradores de vários bancos a operarem no país e especialistas em finanças (entre angolanos e estrangeiros) reuniram-se para debater o assunto, por ocasião do “II Fórum Banca Angolana”.
FONTE: Angop