Doze salas de aulas da Escola Sagrado Coração de Jesus, na província de Malanje, foram reabilitadas por um grupo de jovens provenientes de Luanda.
Com recursos próprios, adquiriram os materiais – tintas, chapas e contraplacados – e rumaram até às terras de N’jinga Mbande, com o propósito de melhorar as condições em que estudam as crianças e adolescentes daquela escola onde se leccionam os 1.º e 2.º ciclos.
Entre os dias 8 e 10 de Junho, uma dezena de jovens esteve a trabalhar na escola Sagrado Coração de Jesus, com o apoio da Miss Malanje, Elsa Chinhemba, do Grupo Freimar, de Francisca Olinda Damião e do Padre Mateus.
Mário Domingos, organizador do projecto, explicou as motivações do grupo que reuniu em Luanda e viajou até à província de Malanje: «Enquanto estudantes, sentimos as dificuldades. Isto faz com que hoje estejamos empenhados em proporcionar melhores condições aos alunos. Isto é, sem sombra de dúvidas, um compromisso que se enquadra no âmbito da nossa responsabilidade perante a sociedade». Foram pintadas doze salas de aulas, várias carteiras foram consertadas, assim como foram trocadas as chapas no telhado.
Iniciativa é para repetir noutras escolas
Mário Domingos garante que vai voltar a ‘convocar’ os seus amigos para, juntos, proporcionarem mais dignidade a algumas escolas espalhadas pelo país. Por agora, está em vista a construção de uma sala de informática para esta escola restaurada em Malanje.
Os estudantes da Escola Sagrado Coração de Jesus ficaram bastante satisfeitos e deram todo o apoio para que as salas fossem pintadas. Um sentimento partilhado pelo Padre Mateus: «Devia haver mais jovens com este tipo de iniciativa», disse ao SOL.
Questionado sobre as dificuldades em conseguir os meios para a restauração da escola, Mário Domingos afirmou ser necessário muita disponibilidade.
«Ligo de pessoa em pessoa, a pedir ajuda. Reconheço que há vezes em que é difícil, uma vez que sinto que pressiono os meus amigos a ‘atinarem’ comigo nestes projectos. Graças a Deus, colaboram» – explica o antigo aluno e organizador do projecto.
Mário Domingos acrescentou ainda que deseja que estes projectos sejam consequentes. Ou seja, que «pelo menos um estudante, entre os que beneficiam deste projecto, desenvolva um comportamento característico de um jovem cidadão, fazendo com que, no futuro, façam o mesmo para as próximas gerações».
FONTE: Sol