O presidente do Partido Democrático (PD) de Timor-Leste, Fernando La Sama de Araújo, disse estar disponível para coligações com os partidos de Mari Alkatiri e de Xanana Gusmão ou a convidar os dois para integrar um futuro Governo.
“Declaramos que estamos sempre abertos a coligações. Coligação com a Fretilin (Frente Revolucionária do Timor-Leste Independente) ou com o CNRT (Conselho Nacional da Reconstrução de Timor-Leste)”, afirmou em entrevista à agência Lusa Fernando La Sama de Araújo.
Timor-Leste realiza eleições legislativas a 07 de julho com a participação de 21 partidos e coligações, que se encontram em campanha eleitoral até 04 de julho.
O também presidente do parlamento timorense garantiu que até ao momento não tem um compromisso com o CNRT ou com a Fretilin.
“Esperamos os resultados dos votos, das eleições, para decidir qual é a forma da coligação. Avançamos com a CNRT, com a Fretilin ou pode ser com os dois. Convidar os dois a juntar-se ao PD para desenvolver este país”, disse.
Questionado sobre as vantagens que terá com o apoio expresso ao PD do ex-Presidente José Ramos-Horta, que tem participado em ações de campanha do partido, La Sama explicou que juntos podem ter 170 mil votos.
“Estamos a falar ao povo para continuar a dar o voto ao José Ramos-Horta, um voto de confiança”, disse.
Segundo Fernando La Sama de Araújo, nas eleições presidenciais de março e abril ambos tiveram cerca de 80.000 votos.
“Também contamos com os votos do Dr. Abílio de Araújo. Se juntarmos isso, já temos quase 170 mil votos e podemos afirmar que é o partido mais votado”, afirmou.
O empresário timorense Abílio Araújo foi outro candidato às presidenciais que se juntou agora a José Ramos-Horta e ao PD para a campanha eleitoral para as legislativas.
Sobre a campanha, La Sama de Araújo disse estar orgulhoso da forma como está a decorrer.
“É um orgulho para nós timorenses e para a liderança timorense. É um país novo, mas o povo está bem amadurecido nas eleições”, disse, apelando ao povo e aos líderes políticos para “cuidarem bem” da atual situação.
FONTE: Lusa