A Brigada 28 de Agosto pretende sensibilizar mais de quatro milhões de pessoas, com idades entre os 18 e os 50 anos, durante a campanha de educação cívica eleitoral, disse ontem ao Jornal de Angola, em Luanda, o secretário nacional da organização, Cláudio de Araújo.
Para atingir esse número, a Brigada 28 de Agosto está a desenvolver um projecto denominado “Kamba Dya Ngola”, cujo slogan, “Angola minha terra, pela paz e democracia”, é o mote para sensibilizar os cidadãos em idade eleitoral no sentido de participarem activamente nas eleições gerais.
Cláudio de Araújo explicou que a sua organização já tem dois grupos destacados nas províncias do Kuando-Kubango e do Moxico que, devido à sua extensão territorial, têm muitas populações a viver longe das sedes provinciais, municipais e comunais, que precisam de ser informadas sobre as eleições.
“Já estivemos em Nambuangongo, província do Bengo, onde realizámos seminários de campanha de educação cívica eleitoral e simulações sobre o acto de votação”, explicou. A Brigada 28 de Agosto está a preparar, para o próximo mês de Junho, a realização em Malange do fórum de reflexão sobre as eleições gerais, acrescentou. “Durante o registo eleitoral, esclarecemos as pessoas sobre a actualização do registo. Agora, vamos sensibilizar os cidadãos para a importância do voto. É preciso ter em conta que quem vota participa activamente na vida política do país”, salientou.
Cláudio de Araújo esclareceu que, desde que foi lançada a campanha de educação cívica eleitoral pela Comissão Nacional Eleitoral (CNE), tem havido um grande interesse por parte das pessoas, principalmente jovens, em se informarem sobre o processo de preparação das eleições.
“Apelo aos jovens a aproveitarem este momento ímpar que estamos viver com os dez anos de paz. Angola é um país que precisa do empenho de todos nós para se desenvolver. O importante não é o que Angola pode dar-nos, mas aquilo que podemos dar a Angola para ela se tornar um país bom e melhor para todos os seus filhos”, frisou.
A campanha de educação cívica eleitoral vai decorrer até depois da realização das eleições. “Apesar de existirem previsões sobre o virtual vencedor das eleições, ninguém vence antecipadamente. A nossa preocupação é depois do acto eleitoral, como é que vamos encarar os resultados eleitorais”, salientou, para acrescentar que os resultados das eleições devem ser respeitados por todos, por representarem a vontade do povo.
FONTE: JA