O britânico Bertold Wiesner, diretor de um antiga clínica de fertilidade, na década de 1940 e 1960, será o pai biológico de 600 filhos, depois de ter doado o seu próprio esperma a várias mulheres.
Dois dos filhos encontraram 12 outros irmãos, que também foram concebidos na mesma clínica, chegando à descoberta do elo através de testes de DNA, escreve o “Daily Mail”.
Bertold Wiesner e a sua mulher Mary Barton fundaram a Barton Clinic, para ajudar mulheres casadas com homens inférteis, que sonhavam ser mães. Mas 20 anos depois, a clínica encerrou e a mulher do cientista destruiu todos os registos médicos, impossibilitando muitas crianças de descobrirem a sua verdadeira filiação.
O advogado David Gollancz, um dos filhos do cientista disse ao jornal “Daily Mail” que o pai terá feito uma média de 20 doações por ano, durante duas décadas, o que no total dará uma média de 300 a 600 filhos.
Filhos anónimos
Foi aos 12 anos que David Gollancz descobriu as suas origens, mas na altura não procurou saber mais.
Gollancs diz que se sentiu um pouco desconfortável com a descoberta, porque a inseminação artificial desenvolveu-se de uma forma muito industrial, mas que também foi positivo encontrar novos irmãos.
“Conhecer os meios-irmãos que consegui encontrar foi uma experiência muito enriquecedora. Mas é ao mesmo tempo frustrante, porque sei que existem muitos mais pelo mundo que eu gostaria de conhecer”, disse o advogado.
David Gollancz defendeu ainda que a identificação dos doadores devia fazer parte dos registos de nascimento.
“Eu gostava que nas certidões de nascimento constasse o nome do doador do esperma ou dos óvulos. Na verdade, muitos pais que os recebem nunca dizem aos seus filhos que foram concebidos dessa forma, o que significa que nunca vão saber como encontrar o doador, ou seja o pai biológico”, acrescentou.
Nascido na Áustria, mas naturalizado britânico, o cientista Bertold Wiesner morreu aos 70 anos, em 1972.
Fonte: EXPRESSO
