O gasoduto que abastece Israel e Jordânia, a partir do Egipto, foi hoje alvo de um atentado, o 14.º desde 2011, dizem responsáveis egípcios da segurança, citados pela agência noticiosa AP.
Relatos de testemunhas indicam que homens armados e de rosto tapado que seguiam em duas viaturas cavaram um buraco junto ao gasoduto, na área de Al-Midan, perto da cidade de Al-Arish, no norte da Península do Sinai, e colocaram explosivos no interior fazendo-os detonar através de um controlo remoto.
Este gasoduto, que atravessa o Sinai para abastecer os dois países vizinhos, não se encontra operacional desde o último ataque a 5 de Março, segundo as autoridades.
O fornecimento de gás a Israel, negociado sob o regime de Hosni Mubarak, derrubado no seguimento de uma revolta popular, em Fevereiro de 2011, é fortemente criticado no Egipto, onde se estima que o preço está muito subavaliado.
O Egipto fornece 43 por cento do gás natural consumido em Israel, onde 40 por cento da electricidade é produzida a partir desta fonte de energia. O gás egípcio representa também 80 por cento das necessidades da Jordânia para alimentar as suas centrais eléctricas.
A península egípcia do Sinai é particularmente sensível no plano da segurança, devido a tensões com a comunidade beduína que aí vive e a tráficos variados com o enclave palestiniano de Gaza.
Fonte: Lusa/SOL