
A afirmação é do secretário Executivo do Golfo da Guiné, Miguel Trovoada, ao discursar na abertura da reunião de peritos, preparatória da VIª sessão ordinária do Conselho de Ministros, que vai decorrer de 12 a 13 de Abril corrente, na capital angolana.
Salientou que a problemática da defesa e segurança, que constitui um dos motivos básicos da criação da Comissão do Golfo da Guiné, continua a constituir preocupação dos seus promotores, que têm conhecido, nos últimos meses, uma evolução inquietante, com o recrudescimento de actos de pirataria.
Frisou que além dos referidos actos, existe de igual modo o roubo à mão armada no mar, de que são alvos privilegiados alguns países costeiros da África Central e Ocidental.
No entanto, salientou que, fruto das diligências empreendidas, a Comissão do Golfo da Guiné vem sendo associada à iniciativas, nomeadamente da Organização das Nações Unidas, tendentes a combater esse flagelo que, além das consequências humanas, causa prejuízos à economia dos países visados e aqueles que são tributários na âmbito do seu comércio externo, pela via marítima.
“Refiro-me, concretamente, as Resoluções de 2018 e 2039 do Conselho de Segurança, adoptadas, respectivamente a 31 de Outubro de 2011 e Fevereiro de 2012, em que o mesmo preconiza uma estreita colaboração com as várias organizações africanas”, sublinhou.
Dentre estas, destacou a Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), a Comunidade Económica dos Estados da África Central (CEEAC), a Comissão do Golfo da Guiné (CGG) e a Organização Marítima da África Ocidental e Central (OMAOC).
Referiu no entanto, que a colaboração com as distintas organizações tem como objectivo a elaboração de uma estratégia regional, global e integrada na luta contra a pirataria na Golfo da Guiné.
A Comissão do Golfo da Guiné é integrada por Angola, Nigéria, Camarões, Guiné Equatorial, São Tomé e Príncipe, Gabão, Congo e República Democrática do Congo.
Fonte: Angop