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    Cabo de fibra óptica liga Angola ao mundo

    Angola conta em breve com um segundo cabo submarino de fibra óptica, para ligar países como África do Sul e Inglaterra, com amarração em vários países da costa ocidental de África. Em entrevista ao Jornal de Angola, o ministro das Telecomunicações e Tecnologias de Informação e Comunicação, José Carvalho da Rocha, falou das vantagens do projecto e dá detalhes do desenvolvimento do primeiro satélite de Angola, que lança o país no rumo das tecnologias de ponta.

    JORNAL DE ANGOLA – Como está o cabo submarino de fibra óptica?

    José Carvalho da Rocha – O projecto está na recta final e muito em breve Angola tem a oportunidade de inaugurar mais um cabo submarino de fibra óptica. Estamos a preparar as condições para inaugurarmos a central, que já está pronta e é um elemento fundamental para a rede que o país está a construir.

    JA – Quais são os países que este cabo deve interligar?

    JCR – O cabo liga a África do Sul e a Inglaterra, com amarração em vários países da costa ocidental de África, entre os quais Angola.

    JA – Quando iniciou o projecto de  fibra óptica?

    JCR– O projecto começou há cerca de três anos, com todo o diálogo experimental. Foi preciso vencer várias fases e criar uma equipa acutilante que permitiu que, junto do consórcio, atingíssemos uma posição cimeira. Foi muito trabalho de toda a equipa que esteve envolvida no projecto, a direcção do Ministério, a equipa económica do Executivo, com orientação do seu titular. Hoje podemos dizer que valeu a pena todo o esforço.

    JA – Como era a situação na altura do lançamento do referido projecto?

    JCR – Na altura já tínhamos um cabo submarino. Em 2011, Angola aderiu ao projecto SAT 3, que já está a chegar ao limite da sua capacidade. Tendo em conta a estratégia que temos em relação ao acesso aos cabos submarinos, impunha-se que o país tivesse de aderir a um outro cabo submarino. É o que estamos a fazer agora.

    JA – Que progressos foram registados até agora?

    JCR – Foram registados muitos progressos nos últimos anos. Um exemplo é que temos cada vez mais cidadãos a usarem as tecnologias de informação e comunicação. Todo este desenvolvimento que se assiste hoje se deve também às infra-estruturas que estão a ser construídas. Penso que são estas decisões que fazem o país crescer e fazem com que cada vez mais tenhamos os serviços disponíveis.

    JA – Quando se prevê terminar o projecto?

    JCR – Prevemos terminar o projecto em breve, ainda  no  segundo trimestre deste ano. Quando isso acontecer, temos mais acesso internacional e isso permite levar os serviços à nossa população com qualidade e a preço acessível.

    JA – Em quantos quilómetros foi estendida a redede fibra óptica  no ano passado?

    JCR – Se estivermos a referir-nos à rede terrestre, já estamos em mais de 10.000 quilómetros, interligando as 18 capitais do país.

    JA – Qual é o objectivo fundamental do cabo submarino de fibra óptica?

    JCR – O objectivo fundamental é termos o acesso internacional, a capacidade de escoar o tráfico e, como é natural, continuar a prestar serviços acessíveis e com qualidade à nossa população.

    JA – Como é feita a ligação com os outros países?

    JCR – O cabo submarino de fibra óptica é um meio que permite a transmissão de grandes quantidades de informação, que não é possível através, por exemplo, de um cabo de cobre. É ligado através de estações que os países constroem quando aderem ao projecto. Tem a vantagem de possibilitar o envio de quantidades de informação e suporte a serviços de envio de dados e vídeo.

    JA – Como está a aplicação do satélite em Angola?

    JCR – Neste momento, estamos a trabalhar em vários aspectos do projecto. A parte comercial e técnica está finalizada e estamos a queimar as diferentes etapas que conduzem ao começo da sua construção.

    JA – Que passos foram dados até ao momento?

    JCR – Levámos mais de três anos a negociar todo este processo, que neste momento culminou com o acordo de financiamento, que é uma etapa importantíssima no projecto.

    JA- Que investimentos já foram feitos?

    JCR – O satélite complementa as necessidades que temos em termos de acesso ao exterior e, acima de tudo, lança o desafio para caminharmos para uma área restrita de tecnologia de ponta e também forma angolanos nesta área. Quando este projecto estiver operacional o país ganha porque temos muito mais capacidade para prover aos serviços que hoje necessitamos.

    JA – Como está o cronograma de actividades?

    JCR – Está a ser cumprido. São acções para as quais devemos estar sempre preparados para ultrapassarmos dificuldades próprias de um processo complexo.

    JA- Existem angolanos integrados no projecto?

    JCR – A nossa equipa técnica até aqui é toda composta por cidadãos nacionais. Temos cinco a formarem-se no âmbito do projecto e estamos todos a aprender bastante, porque o conhecimento proporciona maior capacidade de negociação aos membros da equipa noutros projectos. Este projecto é importante para nós, porque conduz o país a um crescimento tecnológico que permite que tenhamos maior capacidade para servir a população com os serviços que as Tecnologias de Informação e Comunicação proporcionam.

    Fonte: JA

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