O Recreativo do Libolo é obrigado a vencer hoje, às 18h00, o Petro de Luanda, por mais de 16 pontos de diferença, caso queira qualificar-se para as meias-finais e continuar a acalentar esperanças de revalidar, pelo terceiro ano consecutivo, o título da Taça de Angola em basquetebol seniores masculinos.
A disputar-se no Pavilhão Gimnodesportivo da Cidadela, a partida de resposta, pontuável para a segunda-mão dos quartos-de-final, é decisiva para as hostes da equipa laranja, azul e branca da vila de Calulo.
Depois da copiosa derrota por 71-87, no primeiro encontro, os libolenses às ordens técnicas de Raul Duarte são obrigados a vencer pelos números já mencionados.
Nesta partida, não basta apenas o triunfo. Pois, ainda que vergue o seu adversário, os calulenses perdem automaticamente a possibilidade de estar na penúltima fase, de acesso à derradeira, para decisão da conquista da 27ª edição da segunda maior competição, só superada pelo Campeonato Nacional, do calendário de provas da Federação Angolana de Basquetebol, FAB.
Sem ter contado com os préstimos dos extremos Olímpio Cipriano e Vladimir Ricardino, ambos lesionados, o Libolo tem de ter capacidade de sofrimento e um espírito de entreajuda invulgar.
Na primeira-mão, a formação do Kwanza-Sul foi mais forte que o seu adversário em quase todas as áreas de jogo, com excepção para os lançamentos de três pontos, sector fulcral e desequilibrador para se ganhar partidas no basquetebol. Se melhorar a percentagem do seu jogo exterior, onde em 28 lançamentos converteu apenas sete, 25 por cento, contra 26 tentados e nove marcados, 35 por cento, do Petro, os comandados de Raul vão ter muitas dificuldades para superiorizar-se aos campeões nacionais.
Nos dois pontos o Libolo foi mais competente em relação ao Petro. Marcando nas 27 tentativas 17,63 por cento, contra 37/22, 59 por cento dos tricolores.
Nos lances livres, ambas dispuseram do mesmo número, 20 arremessos, 16 encestados, 80 por cento. No total de ressaltos, os comandados de Raul capturaram 34, contra 30, dos pupilos de Alberto Babo.
Os petrolíferos, cujos destaques foram Roderick Neally e Carlos Morais, com 29 e 21 pontos, têm o mesmo objectivo. Com um percurso menos espinhoso, ao conjunto do Eixo-Viário basta manter os níveis de eficácia apresentados na terça-feira.
Nas outras partidas da eliminatória, o Interclube tem tarefa árdua para voltar a desfeitear o ASA, no Pavilhão Anexo II, também às 18h00. Com um triunfo arrancado a escassos segundos do final (84-83), a formação da Polícia orientada por José Carlos Guimarães tem de ter concentração máxima para não ser surpreendida por Carlos Diniz e seus pupilos.
Tarefa facilitada, já com a passagem garantida, tem o 1º de Agosto. Os militares vão apenas cumprir os regulamentos, voltando a jogar com a Universidade Lusíada.
Após a vantagem de 57 pontos, 105-48, na primeira-mão, os militares do Rio Seco vão voltar a despachar, no Pavilhão 28 de Fevereiro, os estudantes, à mesma hora. A equipa de Mário Palma é amplamente favorita. Qualificado para as meias-finais está o Sporting de Cabinda depois de ter ganho ao CDUAN por falta de comparência.
