O secretário de Estado da Indústria, Kiala Gabriel, reiterou a necessidade da protecção da indústria nacional e a valorização da produção interna, no final de uma série de visitas realizadas na semana passada a empresas angolanas do sector fabril.
Kiala Ngone Gabriel destacou, em declarações proferidas à comunicação social, os passos que o sector conseguiu dar em tempos de paz, embora reconhecesse também que muito ainda está por fazer para o crescimento da indústria de manufacturação angolana.
Com as visitas, o secretário de Estado pretendeu conhecer as dificuldades e os grandes focos de constrangimento do sector, numa altura em que cada vez mais se instala a “batalha” concorrencial entre os bens e serviços importados e a produção nacional.
O secretário de Estado da Indústria começou por visitar a empresa Induve, que produz fuba de milho e industrializa óleo de soja, que passa por momentos de alguma dificuldade, já que os níveis de escoamento dos seus produtos estão aquém do esperado.
“Estamos com sérias dificuldades em relação às reduzidas vendas que a empresa tem registado, que é um pouco reflexo dos crescentes níveis de produtos importados e comercializados a preços baixos, pois estão isentos de taxas”, referiu António Aragão, director-geral da empresa. O secretário de Estado da Indústria visitou de seguida a Siderurgia Nacional, onde as suas observações de detiveram nas condições de trabalho e a capacidade de produção, cuja matéria-prima é a sucata.
Preocupado com a competência profissional dos operários desse ramo, o secretário de Estado visitou o Centro de Formação Técnica de Metalurgia, anexo à empresa. Kiala Gabriel visitou também as instalações da Textang II, que neste momento são alvo de recuperação, reabilitação e modernização a cargo da empreiteira japonesa Marubeni, que deve concluir em Agosto do próximo ano.
As autoridades estabeleceram o Programa Executivo do Sector da Indústria para o período 2009-2012, adoptado pelo Conselho de Ministros em 13 de Março daquele ano. Trata-se de um programa de reabilitação de infra-estruturas com impacto na actividade industrial, criação de pólos de desenvolvimento sectorial e a criação de milhares de empresas capazes de produzir bens que reduzam as necessidades de importação e impulsionem as exportações, envolvendo 8,7 mil milhões de dólares americanos em investimentos.