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    Islamitas detidos na França planejavam sequestros

    PARIS – Treze pessoas detidas na sexta-feira passada na França em uma operação contra grupos islamitas radicais na França comparecem nesta terça-feira a audiências com juízes de instrução, que podem acusá-los de planejamento de sequestros.

    Ao mesmo tempo, o presidente Nicolas Sarkozy reiterou que defende a tolerância zero com o islã radical em uma França comovida pelos massacres de Toulouse cometidos pelo jihadista Mohamed Merah, a apenas 20 dias do primeiro turno da eleição presidencial.

    Entre as possíveis acusações contra os 13 está um “projeto de sequestro” de um juiz judeu de Lyon, informou o promotor de Paris, François Molins.

    A promotoria pediu a prisão de nove dos 13 envolvidos.

    Ao comentar o plano de sequestro de um juiz de instrução de Lyon, o promotor afirmou que este foi citado durante uma reunião na mesma cidade em setembro de 2011.

    Fontes ligadas à investigação afirmaram que a tentativa de sequestro envolvia um “magistrado judeu” que presidiu um caso pelo qual um dos detidos foi condenado, em junho de 2010, a um ano de prisão. As autoridades adotaram medidas para proteger o juiz e sua família.

    “A decisão de deter estas pessoas na sexta-feira foi resultado de um cruzamento de elementos do caso, incluindo informações sobre treinamentos físicos e convocações à jihad” (guerra santa), completou o promotor.

    “Tudo isto estimulou os juízes de instrução a não assumir riscos. Havia elementos suficientes para buscá-los e evitar que executassem os planos”, disse.

    Todos os envolvidos confirmaram o papel de coordenador do líder do grupo salafista Forsane Alizza, Mohamed Achamlane, destacou Molins.

    Várias armas foram apreendidas pela polícia durante a operação.

    O ministro do Interior da França, Claude Guéant, afirmou que os islamitas “reivindicavam uma ideologia extremista radical, uma ideologia de combate”.

    Eles foram detidos em uma grande operação na última sexta-feira coordenada pelos serviços de inteligência, apoiados pela unidade de elite da polícia francesa (Raid) em Paris e em várias cidades.

    A ação do serviço de inteligência aconteceu poucos dias depois dos ataques na região de Toulouse (sul), quando Mohamed Merah matou a sangue frio três militares e quatro judeus, incluindo três crianças.

    Neste caso, os serviços de inteligência foram questionados pela oposição, que criticou a falta de uma vigilância mais rigorosa ao assassino, que estava fichado pela polícia e havia viajado ao Afeganistão e Paquistão.

    Fonte: AFP

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