
À sua chegada a São Tomé e Príncipe, onde foi recebido pelo embaixador angolano no arquipélago, Alfredo Manuel Eduardo Mingas, e pelo ministro secretário-geral santomense, Afonso Varela, o vice-ministro explicou que durante muitos anos os dois países têm estado a cooperar em vários domínios e, periodicamente, torna-se necessário manter contactos para avaliar o grau de cooperação e implementação dos acordos já rubricados.
“Daí que esta é uma oportunidade que se coloca para podermos trabalhar com os colegas de São Tomé e Príncipe e avaliar aquilo que foi feito até agora e o que ainda falta por fazer no domínio da comunicação social, para se estabelecerem novas metas e prioridades, por forma a que, cada vez mais, a nossa cooperação se fortifique”, disse Manuel Miguel de Carvalho, que chefia uma delegação integrada por responsáveis do Ministério da Comunicação Social, da Televisão Pública de Angola e da Agência Angola Press (Angop).
Enfatizou que a comunicação social joga um papel muito importante nos dois países. “Por isso, não fica bem para nós conhecermos a realidade de São Tomé e Príncipe através de órgãos de informação estrangeiros. Neste sentido, buscamos é fazer com que, através dos nossos meios de comunicação social, tal como a Televisão e a Rádio de São Tomé e a Televisão Pública de Angola e a Rádio Nacional de Angola se ligam directamente e haja uma troca frequente de informação que permita ao público santomense/angolano estar a par e passo sobre o que se passa nos dois países”, reforçou.
O vice-ministro lembrou que no quadro da cooperação existente houve acções no domínio da formação de quadros, com destaque para o estágio de profissionais de São Tomé e Príncipe em órgãos angolanos, como no caso da Rádio Nacional de Angola e no Centro de Formação de Jornalistas (Cefojor).
“Precisamos que a comunicação social entre os dois países esteja ao mesmo nível. Sabe-se que a nível da nossa comunidade de países de língua portuguesa existe um certo desequilíbrio e esta cooperação visa fazer com que aquele país que atingiu um certo desenvolvimento possa dar algum contributo para que o outro atinja o mesmo nível”, argumentou o dirigente, para quem é salutar que cada um esteja a altura dos grandes desafios que se colocam aos Estados na base das responsabilidades atribuídas pelos governos.
Corroborando da ideia, o ministro secretário-geral de São Tomé e Príncipe, Afonso Varela, frisou que Angola e São Tomé e Príncipe têm uma cooperação no domínio da comunicação social que data a longos anos.
Para o dirigente santomense, esta avaliação vai permitir definir e encontrar novas formas de cooperação que permitam partilhar o que cada um dos países tem de melhor neste domínio, tendo, entretanto, explicado que naturalmente, no seio da comunidade, o que se pretende é que a solidariedade possa funcionar e aqueles que mais fizeram e mais desenvolvidos estão possam ajudar aqueles que se encontram numa fase mais recuada.
“Por isso estamos abertos, não temos expectativas especiais, mas o que pensamos e estamos certos é de que faremos uma boa avaliação e encontraremos da parte de Angola disponibilidade para que se possa explorar formas que permitam partilhar o desenvolvimento que Angola conhece e exprimir melhor a solidariedade entre os países da CPLP e, no caso particular, entre as repúblicas de Angola e de São Tomé e Príncipe”, avançou.
O vice-ministro Manuel Miguel de Carvalho trabalha em São Tomé e Príncipe até ao dia 6 do corrente e manterá encontros com o Presidente da República, Manuel Pinto da Costa, com o primeiro-ministro, Patrice Trovoada, bem como visitará as instalações dos órgãos de comunicação social.
Fonte: Angop