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    Porque fogem eles de Samakuva?

    Que algo está mal no reino do “Galo Negro”, todos já sabem. Mas as pessoas estavam longe de imaginar que a situação fosse tão grave assim. Ao longo dos últimos anos, avolumam-se as dissidências de militantes da UNITA que abraçam outras forças partidárias.

    Se no passado, a moda era enveredar as cores do MPLA, hoje até formações ainda agora constituídas dão-se ao luxo de roubar militantes ao partido dos maninhos. E não são militantes quaisquer. São figuras com cargos de responsabilidade que, durante muito tempo, privaram com dossiers privilegiados e traçaram, mesmo, estratégias em conjunto com a respectiva direcção. Porquê, então, fogem eles de Isaías Samakuva? Eis a pergunta que não se quer calar.

    Nesta semana, deu-se outra estrondosa fuga de um quadro superior da UNITA. Mal refeito estava o anúncio da retirada de Abel Chivukuvuku e, de tantos outros que este partido histórico arrastou consigo, eis que surgiu António Hebo a anunciar a sua saída da UNITA e a respectiva adesão a CASA.

    Pouco importância teria a saída desta figura, quase desconhecida do grosso da opinião pública, não fosse um pequeno, mas substancial pormenor: ele era simplesmente, o secretário da UNITA na província do Kwanza Norte.

    Mas esta saída é só mais uma. Desde a figura de quadros como Jorge Valentim, inaugurou-se uma época de caça grossa, tendo os quadros deste partido como alvos, com os resultados a apontarem para uma colecção de portentos exemplares hoje ao serviço de outros grupos partidários.

    Um deles, anunciou recentemente, é Dinho Chingunji. É bem provável que esse seja mais um nome a engordar a extensa lista de elementos que, senão aderirem a outros partidos, simplesmente “tiraram o pé” do movimento que abraçaram desde muito cedo.

    Embora por razões diferentes, o número de figuras que ou renunciaram, ou suspenderam a sua militância já vai longe. Alda Sachiambo, Aniceto Hamukwaia são, apenas alguns entre esses nomes.

    Regra geral, a UNITA desvaloriza o impacto destas saídas. Mas, muito sinceramente, parece mais um exercício de vaidade que propriamente dissidência pouco dignas de nota, a julgar pela posição que os “fugitivos” ocupavam no seio da organização.

    Fonte: Jornal A Capital

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