Luanda – O carcinoma do esófago é a oitava neoplasia maligna mais frequente do mundo, associado a uma elevada taxa de mortalidade, afirmou hoje em Luanda a médica especialista em anatomia patológica, Ivone Vitória.
A especialista, que dissertava durante uma Jornada Científica do Interno da Área cirúrgica do Hospital Militar, fez saber que este tipo de cancro ocupa o terceiro lugar do total de tumores do tracto digestivo, com uma grande incidência, nos países como China, Japão, Irão e África do sul.
Segundo Ivone Vitória, no mundo ocidental a doença tem maior frequência em homens negros, com idade superior a 50 anos e com baixo nível socioeconómico.
Entre os factores de risco implicados destacam-se o álcool, tabaco, deficiências nutricionais, infecção pelo papilomovirus humano(HPV), aclasia e alimentos quentes.
Do ponto de vista histórico existem dois tipos fundamentais o carcinoma epidermóide e o adenocarcinoma.
De acordo a médica a presença de disfagia progressiva, odinofágico, desconforto retroesternal, dor epigastrica, náuseas, anorexia sugerem a existência de carcinoma esofágico.
Avançou que os exames complementares utilizados para o diagnóstico incluem radiografia com duplo contraste, a esofafoscopia com biopsia, a tomografia computarizada e a ressonância magnética.
O mau prognóstico da doença está associado ao diagnóstico tardio o que por vezes leva o paciente a não ter sucessos no seu tratamento.
“Pelo facto de não existirem dados epidemiológicos no nosso meio, nos propusemos a realizar estudo descritivo, transversal e retrospectivo, com o objectivo de conhecer a frequência do cancro do esófago e quais os factores de risco nos doentes internados no hospital militar.
Fonte: Angop