O número insuficiente de técnicos especializados e de reagentes está a condicionar a produção de vacinas de Newcastle, no Laboratório Regional de Veterinária do município da Humpata, na província da Huíla, informou ontem o director da unidade sanitária.
Carlos Lino afirmou, em declarações ao Jornal de Angola, que o número reduzido de especialistas de veterinária e de produtos laboratoriais está na base da baixa produção da vacina de Newcastle, destinada ao tratamento de doenças aviárias no laboratório.
Uma das principais tarefas do Laboratório, apetrechado com tecnologia moderna, consiste no diagnóstico de doenças de origem animal e o controlo da qualidade dos produtos alimentares.
Os técnicos do laboratório realizam trabalhos de investigação para o rastreio das causas de doenças infecciosas, como dermatite nobular, brucelose, carbúnculos hemáticos e outras enfermidades frequentes na região, para melhor direccionar o tratamento. Carlos Lino adiantou que muitas destas enfermidades que atingem o gado bovino podem passar dos animais para as pessoas e lamentou a fraca colaboração dos criadores na disponibilização de informações sobre o quadro patológico do gado bovino. “Apesar disso, felizmente, ainda não registámos nenhum caso de infecção humana”, realçou.
Para assegurar uma maior eficácia, a direcção adoptou a estratégia do rastreio com a deslocação de técnicos às áreas apontadas como propensas a doenças.
“O laboratório tem capacidade para efectuar análise e exames que conduzem a diagnósticos das principais doenças animais, permitindo assim estabelecer programas e estratégia de controlo das mesmas”, argumentou o especialista.
Laboratório Regional de Veterinária do município da Humpata, aberto em Agosto de 2011, conta com oito secções técnicas, entre as quais necropsias, serologia, bacteriologia, anatomia patológica, parasitologia, tecnologia alimentar, lavagem e áreas administrativas.