
Segundo o responsável do espaço, Estêvão Costa, que avançou a informação hoje à Angop, para assinalar a data, a sessão contará com a participação dos principais integrantes e fundadores do grupo, como forma de levar a juventude a apreciar o que de melhor se produziu, no domínio do semba, entre os anos de 1970 a 1980.
“São 10 anos de paz no país, razão pela qual não podíamos deixar passar esta oportunidade de levarmos ao palco do Kilamba um dos melhores agrupamentos que já passou pelo mercado musical angolano. Tratando-se de uma data especial para o povo angolano, procuramos dar o melhor para assinalar a efeméride”, reforçou.
Avançou que vão subir ao palco do Kilamba, entre outros, Zé Keno, Baião, Chico Montenegro, Didi da Mãe Preta, Dom Caetano, Tony Caetano para dar voz e instrumentalizar os temas a serem incluídos no guião artístico.
Estêvão Costa frisou que tudo está preparado para os fãs do grupo possam reviver os melhores dias da existência do agrupamento. “Os fãs podem estar descansados que vão ter o melhor dos melhores”, avançou.
Historial do grupo
Jovens do Prenda foi fundado em 1966 por jovens residentes na comuna do Prenda, tendo como base instrumentos tradicionais de percussão e um violino. Até à data da independência nacional, em 1975, se tornou num dos conjuntos mais populares de Angola.
O grupo lançou o seu primeiro trabalho discográfico em 1982, intitulado “Mutidi” (Viúva), o segundo em 1992, “Samba-Samba” e o terceiro “Kudicola Kwetu”, em 2003.
Entre os percursores da banda, destaca-se Very Nice (tamborista) e António do Fumo (vocalista), ambos já falecidos, Zé Keno (guitarrista), Cangongo (viola-baixo) e Chico Montenegro, ainda no grupo.
Actualmente, a banda é constituída por Luís (tambor), João Dialoba (baterista), Sérgio (viola solo), Eurico (teclado), Niziga e Zinho Santos (vocalistas), Benjamim (baixo), Tetelo (viola ritmo).
Até a independência, os “Jovitos” publicaram pelo menos dez singles e vários long-plays. Após uma paralisação que durou de 1975 a 17 de Outubro de 1981, reapareceram como uma orquestra com 12 integrantes.
A partir desse período, o grupo gravou quatro discos: “Música de Angola” (em Portugal), “Samba, Samba” (impresso em Cuba), “Ritmos de África” (Alemanha), comercializado apenas nos países da União Europeia, e uma colectânea de dois discos compactos (CD) gravada em Agosto de 1990, com músicas retiradas dos discos acima referenciados.
No palmarés do conjunto contam-se mais de 28 discos de vinil (long-plays), nos quais integraram sucessos como “Ngongo”, “Bula Lhana”, “Maka Mazara”, “Tia”, “Merengue Madrugada”, “Carta para Entregar”, “Lamento de Gabi”, “Sef”, “Ndengue Niubeka”, “Genda Gianana” e “O Makame”.
Constam ainda do seu repertório temas como “Jienda já Luanda”, “Lamento de Um Filho”, “Papá”, “Isabel”, “Tété”, “Longa Marcha”, “Sunga Sunga”, “Ngana Maria”, “Tia” e “Nova Cooperação”. O último álbum do grupo intitula-se “Kudikola Kweto”, que em português significa o nosso grito, e saiu a público em 2002.
Fonte: Angop