Amorim e os angolanos adquirem até 15%, abrindo caminho para a Sonangol vir a ter uma posição directa na Galp.
A Amorim Energia vai assinar hoje o acordo que lhe permite comprar uma parte da participação de 33,34% que a Eni possui na Galp, soube o Negócios. A “holding” onde Américo Amorim é accionista maioritário, deverá adquirir até 15% da posição que os italianos têm na petrolífera portuguesa. Este bloco, ao preço de mercado de ontem, vale 1,6 mil milhões de euros.
A entrada directa da Sonangol no capital da Galp ficou fechada durante a visita que o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, fez a Angola. O assunto poderá mesmo ser abordado no conselho de ministros da amanhã, soube o Negócios. Isto porque a CGD, que tem 1% da Galp, é uma das três subscritoras do acordo parassocial da petrolífera, a par da Eni e da Amorim Energia.
Uma posição directa da Sonangol na Galp tem, neste quadro, de ser viabilizada pelas três partes. Américo Amorim, maior accionista da Amorim Energia que detém 33,34% da Galp e onde os angolanos (Sonangol e Isabel dos Santos), têm uma participação de 49%, terá também já dado o seu assentimento a um acordo.
Contactado pelo Negócios para confirmar a existência de um acordo total, o empresário refugiou-se na frase “não confirmo, nem desminto”. A solução está prestes a ser viabilizada e anunciada, acrescentou uma outra fonte contactada pelo Negócios
A entrada da Sonangol como accionista directo da Galp pressupõe a montagem de uma operação que evite o lançamento de uma OPA (oferta pública de aquisição). Assim, numa primeira fase deverá ser comprada uma posição não superior a 16% à Eni, que possui também 33,34% da empresa, por parte da Amorim Energia, sendo depois esta a fazer a transferência da participação para a Sonangol.
O “Sol”, no seu site, adianta que a operação, que passa pela saída total da Eni da Galp, estará concluída até 2014 e que até lá uma parte da posição dos italianos passará para as mãos de ‘private equities’.
Fonte: Jornal de Negócios
ollk