O Mali foi suspenso da Comunidade Económica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO) no dia em que a Junta Militar adotou uma Constituição provisória.
A Costa do Marfim, que preside atualmente à CEDEAO, acolheu uma reunião de urgência para discutir a crise política no Mali. O chefe de Estado anfitrião, Alassane Ouatara, afirmou que “o diálogo e a concertação permanecem os primeiros instrumentos para a busca de uma solução” mas a CEDEAO não vai hesitar a recorrer “a outras opção se as circunstâncias o ditarem.”
A organização decidiu enviar na quinta-feira uma delegação de cinco chefes de Estado ao Mali para se reunir com a Junta Militar.
Entretanto em Bamako, os golpistas publicaram um Ato Fundamental para garantir o estado de direito e uma democracia pluralista. Os militares anunciaram também que os membros da Junta estão proibidos de participar nas eleições que se vão realizar no final do período transitório, mas não avançaram datas.
Os principais partidos políticos prosseguem a contestação e anunciaram a organização de uma greve geral para promover a desobediência civil.
A Junta Militar tenta fazer com que a normalidade regresse à capital. Ontem os edifícios administrativos voltaram a abrir ao público e o recolher obrigatório noturno foi levantado.
Fonte: Euronews