O primeiro-ministro da Índia, Manmohan Singh, apresenta, na segunda-feira, na quarta Cimeira dos Brics, bloco de países formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, a proposta de criação de um banco de desenvolvimento do grupo.
A nova instituição financeira deve ser uma espécie de alternativa ao Banco Mundial e ao Fundo Monetário Internacional (FMI).
A expectativa é que, no final da reunião, seja assinada uma declaração a manifestar a disposição de criar a instituição.
Negociadores brasileiros disseram que vários pontos da proposta têm de ser bem definidos, que o processo é longo e que é necessário estabelecer primeiro uma série de aspectos, como termos de referência, estrutura do organismo, forma de constituição do capital e práticas de comércio bilateral e multilateral.
Os indianos anunciaram que a proposta é criar um mecanismo que permita o financiamento de projectos nos países em vias de desenvolvimento e que ideia é que a presidência da instituição seja rotativa.
O Brasil entende que a estrutura do FMI deve ser revista e aumentada. Actualmente são 24 representantes, oito dos quais têm assentos permanentes – Estados Unidos, Japão, Alemanha, França, Reino Unido, China, Rússia e Arábia Saudita – e os restantes são eleitos de dois em dois anos. A primeira cimeira dos Brics realizou-se em 2009, na Rússia, sem a participação da África do Sul, que passou a fazer parte do bloco em 2011. Os cinco países que pertencem aos Brics reúnem, juntos, um quarto da economia mundial.
Fonte: JA