Angola tem menos de um por cento de fábricas de ração de milho necessárias e precisa de mais indústrias do género para apoiar o programa do Executivo que visa o relançamento da produção de ovo e carne, disse hoje, em Luanda, o presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino. Em declarações à Angop, o presidente da AIA disse que esta necessidade do país contrasta com a quase inexistência das moageiras.
«As moageiras deixaram de produzir farinha de milho e, consequentemente, a ração para alimentar suínos e galináceos» sustentou José Severino. Com a paralisação das moageiras, afectadas pela isenção de imposto de consumo e de taxas aduaneiras de importação, já corrigidas, a suinicultura e a agricultura também foram prejudicadas por deixar de haver ração assim como pelo desencorajamento à produção agrícola interna.
Tendo em conta o actual quadro da crescente necessidade de se aumentar a produção de ovo e carne, José Severino sugeriu a criação de mais fábricas de ração e moageiras que produzem farinha de milho e fuba de bombó.
Por outro lado, indicou a necessidade, não só de se criar mais unidades fabris de farinha de milho, em todo território nacional, mas também de se estimular as já existentes, por constituir um importante produto da cesta básica.
«O milho é um grande agregado, é uma fileira que deve ser encarada com muita seriedade desde o financiamento, que é insuficiente para apoiar todas as províncias, tendo em conta que o Banco de Desenvolvimento de Angola (BDA) não tem disponibilidade financeira capaz de cobrir todas as regiões», referiu o interlocutor da Angop.
De acordo com a fonte, o Brasil e a Argentina, neste momento, são os principais fornecedores de farinha de milho para Angola.
Fonte: SOL