O presidente da Associação Industrial de Angola (AIA), José Severino, disse hoje, quinta-feira, em Luanda, que a isenção do imposto de consumo e da taxa aduaneira sobre a importação de bens da cesta básica contribuiu no desaparecimento da rede de indústrias de moagem que existia no país.
Em declarações à Angop, a propósito das razões do desaparecimento das moageiras no país, José severino explicou que a isenção daqueles impostos e taxas de importação abrangeu a farinha de milho, um dos produtos da cesta básica, logo isso desencorajou a produção agrícola nacional, na produção do domínio, e consequentemente desactivou muitas moageiras.
Na sua óptica, a isenção do imposto de consumo e da taxa aduaneira sobre os bens da cesta básica deveria isentar primeiro a produção nacional e depois a importação a fim de tornar a produção local mais competitiva.
“Como isso não se fez, disse o interlocutor, ocorreram constrangimentos às moageiras, ao sector da agricultura, comércio e à indústria, aqui refere-se também as padarias”, sublinhou a fonte.
José Severino prosseguiu dizendo que, embora tal situação tenha sido corrigida com a entrada de uma lei, mas é preciso mais agilidade e corrigir o que não está bem.
“A situação não pode ser vista como se não tivesse impacto na micro-economia e na economia das empresas”, sustenta o presidente da AIA.
Relativamente a investimentos feitos no domínio das moagens, o interlocutor da Angop referiu que houve, num passado recente, um investimento sério neste sector embora de forma não muito diversificada e abrangeu as províncias de Luanda, Malanje, Benguela e Huíla.
Porém, “a isenção de encargos fiscais de importação sobre os produtos da cesta básica desencorajou alguns investimentos no sector de moageiras”, enfatizou José Severino.
Fonte: Angop