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    Luanda com escassez de casas para classe média

    Arrendamento está a ganhar dinamismo e o sector atrai cada vez mais clientes internacionais. Segmentos de escritórios e logística apresentam oportunidades de investimento.

    A escassez de oferta de habitação para a emergente classe média angolana, sobretudo no centro de Luanda, a aceleração do mercado de arrendamento residencial e o maior interesse de investidores internacionais são algumas conclusões do estudo de 2012 sobre o imobiliário em Angola, da Abacus Savills, divulgado esta semana.

    «A generalidade da oferta residencial continua algo desajustada da procura respectiva, dado que se focaliza maioritariamente no segmento alto, onde o ritmo de absorção está hoje menor. Em relação ao produto médio e médio alto, o desajustamento entre preços, tipologias e áreas está a ser corrigido para corresponder à procura», concluem os consultores.

    A consultora revela que o mercado residencial «continua bastante activo», mas evidencia mudanças. Por exemplo, os compradores nacionais e estrangeiros exigem, cada vez mais, ver o produto finalizado – devido a atrasos na conclusão de projectos ou a imóveis que, depois de pronto, não correspondem ao tamanho acordado – pelo que a venda em planta está a diminuir.

    Outra alteração indica que «o mercado deixou de ser, na sua maioria, de clientes nacionais passando para os clientes empresariais internacionais, preferindo estes o arrendamento à compra, mesmo apresentando Angola um pay-back de seis a sete anos, na comparação da compra vs arrendamento». Com esta mudança «começam a surgir os investidores imobiliários que adquirem os activos arrendados, sendo estes principalmente privados, começando, contudo, agora a surgirem os investidores institucionais angolanos», continua.

    A «forte actividade» das guest houses – que juntam colaboradores da mesma organização –, também é mencionada pela consultora, que dá ainda conta de novos projectos habitacionais em Luanda, que continua a ser o centro do sector imobiliário em Angola.

    Aqui, sobretudo no centro, há «escassez da oferta residencial para a emergente classe média angolana, prevendo-se contudo o surgimento de bastante oferta na periferia». Na capital, as zonas Ingombotas e Marginal, onde estão a surgir as Torres do Carmo e a Torre Ambiente, têm maior procura e os valores mais elevados (ver mapa).

    Em Talatona e Luanda Sul predominam os condomínios – como os Terraços do Atlântico, Condomínio Imbondeiro, Condomínio Kyanda e Residências de Talatona – para segmentos alto e médio alto. Para o segmento médio e médio baixo, Camama, Viana e Benfica tem valores inferiores, segundo a consultora, que refere projectos como os Jardins das Rosas, o Projecto Kilamba Kiaxi, ou as Vilas de Luanda, junto à Filda.

    Já no segmento dos escritórios, a Abacus conclui que há empresas ainda «deficientemente instaladas» e que há «deficiente oferta» pelo que «estão reunidas todas as condições para se investir neste mercado». Com uma vacancy rate de 4%, ou seja, «uma das mais baixas taxas de disponibilidade no mundo», estão a ‘nascer’ novas localizações como a Praia do Bispo, onde estão as sedes do BPA, CaixaTotta ou da Chevron.

    Na zona prime estão os principais departamentos governamentais e sedes de petrolíferas e bancos. E Talatona tem recebido companhias de telecomunicações e de novas tecnologias.

    Fonte: Semanário Sol

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