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    Caso Build Angola: Pelé nega participar da fraude

    Quatro empresários brasileiros, donos da empresa Build Angola, estão a ser acusados de vender e não entregar pelo menos 540 casas, segundo a revista “Isto é”. Contratado como garoto propaganda do investimento em 2009, Pelé tem a imagem arranhada e leva prejuízo, mas nega ter participado da fraude.

    O ex-jogador foi o grande chamariz do negócio, que prometia vender casas para as classes média e alta de Angola. As unidades não foram entregues no prazo prometido, a confusão ganhou repercussão no país e os empresários brasileiros estão a ser notificados pela Justiça angolana.

    Pelé, oficialmente, era só o garoto-propaganda do negócio. O problema é que na época do lançamento, quando ele chegou a visitar o país, ele falou como investidor e levantou suspeitas. “Fico feliz por investir em Angola. Deus sempre me coloca em equipas vencedoras”, disse o ex-jogador à época, segundo à “Isto é”.

    Além disso, Pelé ainda tinha quatro unidades a receber do empreendimento, a título de pagamento pela prestação de serviços. Assim como várias outras do projecto, as casas do Rei do Futebol não foram entregues. “O que eu posso adiantar é que não existe nenhum tipo de sociedade. O que foi feito e já expirou foi um contrato de cessão de uso de imagem para o lançamento desses empreendimentos”, disse Paulo Gustavo, advogado de Pelé.

    Os investidores de fato da Build Angola também negam má-fé. Segundo eles, uma tentativa de sabotagem de um ex-funcionário insatisfeito seria a causa do problema. Werther Mujjali teria disparado e-mails se passando por clientes insatisfeitos e criado um certo temor em outros contratantes da construtora.

    Com isso, esses outros clientes angolanos teriam deixado de pagar suas prestações tentando minimizar o prejuízo e, com isso, teriam impedido a conclusão das casas. Segundo os empresários António Paulo de Azevedo Sodré, João Gualberto Ribeiro Conrado Jr., Paulo Henrique de Freitas Marinho e Ricardo Boer Nemeth, sócios da Build Angola, a empresa tem US$ 34,6 milhões a receber dos clientes e precisa de US$ 23,7 milhões para concluir as casas.

    Mesmo diante da explicação dos brasileiros, o Instituto Nacional de Defesa do Consumidor de Angola comunicou o caso à embaixada brasileira e pediu uma abertura de investigação.

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