Cinquenta e três famílias que viviam próximo das valas de drenagem das águas pluviais e residuais do Rio Seco e do Suroca, nos distritos da Maianga e do Sambizanga, em Luanda, foram ontem realojadas em novas habitações na vila do Zango 3, em Viana. O realojamento foi precedido de um inquérito social, no âmbito do programa de saneamento da cidade.
Em declarações à imprensa, o técnico do gabinete de relações públicas e comunicação da Unidade Técnica de Gestão do Saneamento de Luanda (UTGSL), Martiniano Pinto, esclareceu que o processo permite desafogar as valas de drenagem.
Martiniano Pinto disse que as novas habitações possuem infra-estruturas que valorizam as condições dos moradores realojados e acrescentou que as construções no Zango 3 têm mais qualidade.
“O processo de retirada e posterior realojamento não fica por aqui e neste momento estamos com uma estimativa de levantamento para realojamento a rondar as quatro mil famílias”, afirmou.
Mudança de vida
Mário Domingos está entre os beneficiários do grupo de famílias que deixaram as imediações da vala do Rio Seco, na zona do Shabá. Satisfeito com a nova casa, reconheceu que as suas condições de vida melhoraram. Operário da construção civil, Mário Domingos elogiou a configuração das habitações e a qualidade da construção. Apenas fez um reparo sobre os problemas de distribuição de água no Zango 3.
Martiniano Pinto lamenta a situação, mas adianta que o problema está em vias de solução.
As obras de reperfilamento das valas de drenagem da cidade de Luanda tiveram início em 2007 e até agora a intervenção a cargo da UTGSL permitiu realojar mais de 700 famílias.
Fonte: JA