Os bispos da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé (CEAST) estão atentos ao processo que visa organizar as eleições gerais previstas para este ano, afirmou ontem, em Luanda, o presidente daquela instituição, Dom Gabriel Mbilingi.
Ao discursar na abertura da primeira assembleia ordinária deste ano dos bispos da CEAST, o prelado católico disse que a assembleia vai preparar uma nota pastoral sobre o assunto, para ser divulgada no final do encontro.
“Estamos atentos ao processo que visa organizar as eleições gerais. No fim dos nossos trabalhos será publicada uma nota a respeito”, referiu Dom Gabriel Mbilingi, também arcebispo do Lubango.
Segundo Dom José Manuel Imbamba, porta-voz do encontro, citado pelo jornal “O Apostolado”, a nota pastoral sobre as eleições gerais de 2012 responde à “ansiedade que muita gente tem quanto à palavra dos bispos em relação a este momento importante que o país vai viver”. A assembleia vai analisar a questão da dignidade da mulher, do respeito pelos seus direitos e do seu papel na sociedade, como mãe, esposa e educadora, referiu o presidente da CEAST.
O tema da família está em discussão no encontro. De acordo com Dom Gabriel Mbilingi, “a família continua no centro das atenções pastorais”. “Famílias reconciliadas produzem como fruto uma igreja reconciliada, que se torna instrumento e sinal vivo da reconciliação”, acrescentou.
“Uma igreja reconciliada e fiéis conscientes das suas responsabilidades darão um contributo maior à reconciliação tão desejada na nossa terra, que conheceu anos de guerra”, acrescentou o prelado. O encontro vai igualmente analisar a realidade religiosa, social e política de cada diocese. O presidente da CEAST destacou os assuntos que marcaram a actividade episcopal desde a última assembleia plenária, que se realizou em Novembro de 2011, entre eles a entrega da exortação apostólica “Africae munus” de Bento XVI ao continente africano e ao Mundo, produzida pelo segundo Sínodo Especial para Africa, realizado em Outubro de 2009.
A entrega dessa exortação, frisou, vai guiar a pastoral (programa) continental nos próximos decénios, promovendo uma África mais reconciliada, justa e pacífica.
