Dom Mário Lukunde culpa impacto da cultura africana pela falta de vocações femininas na Diocese de Menongue, província do Kuando Kubango.
“Eu costumo pensar que seja por causa de um impacto grande que a cultura tem na mulher” – justificou
Esclareceu que “os ritos de iniciação exercem uma certa força na mentalidade da mulher”.
“Uma mentalidade africana, segundo a qual a mulher é para fabricar filhos e ficar em casa”.
“Não casa com a lógica da vocação, penso que seja isto. Ainda estamos a estudar” – disse o Prelado.
“Há congregações que estão a trinta e tal anos mas tiveram vocações locais, algumas saíram na véspera dos votos perpétuos, outras saíram sem formação, ultimamente decidiram mandá-las para África oriental, para o Quénia, Tanzânia, voltaram de lá, desistiram” – continuou o Bispo de Menongue, em declarações à Ecclésia.
Segundo o líder religioso, “a solução passa por um diálogo com as autoridades locais”.
“Um dos caminhos é o diálogo com os detentores, os operadores da cultura, são sobretudo os sobas” – indicou.
Fonte: Apostolado