O afastamento do antigo director da Elisal, Afonso Antas Miguel continua a dar o que falar. O assunto muito propalado nos corredores do Governo Provincial de Luanda, indicam a existência de negócios “mal parados”.
Segundo o Jornal “O Independente” na sua última edição, Antas está a ser prejudicado com cometários de personalidades conotadas a si, mas que procuram justificar as movimentações que justificaram o executivo de Luanda a afastá-lo do cargo naquele empresa de saneamento e recolha de lixo.
A mesma fonte diz ainda que em círculos fechados, a ideia é que o seu afastamento foi precipitado por ele ter recusado colocar em funcionamento duas empresas de saneamento e recolha de lixo conotadas a figuras ligadas ao “homem forte” de Luanda.
Em meios com conhecimento do assunto, acrescenta a fonte, aludem a falta de sustentação em tais comentários acrescentando que é o próprio Antas Miguel que tem duas empresas de recolha de lixo, uma das quais a operar em Cacuaco. Não obstante a isso, acusam-lhe de se ter aproveitado da Elisal para proveito pessoal. Tinha o controlo exclusivo das finanças da empresa, por intermédio de um familiar seu, identificado por “Keta”, colocado como director financeiro daquela empresa pública.
A auditoria externa da empresa eram igualmente feitas por uma empresa de consultoria do seu primo “Keta”.
Diz ainda que em Dezembro passado, o antigo DG da Elisal terá incorrido em práticas de conflito de interesse entre a questão pública e privada. A empresa que por exemplo, distribui cabazes de natal para os trabalhadores da Elisal, é conotada com a sua esposa.
Natural do Huambo e oriundo da FNLA, Antas Miguel, é em Luanda, um dos quadros mais conotados em matéria de resíduos formados na antiga União Soviética.
Esteve no passado como director da Urbana 2000 e, mais tarde com na Elisal. Contudo, por altura do ex-governador de Luanda Job Capapinha, foi afastado por motivações que se desconhece. Com a entrada do então Governador José Mária, Antas foi recuperado e voltou a dirigir a Elisal e a recém criada Unidade Técnica de Gestão de Saneamento de Luanda.
Fonte: O Independente