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    MPLA e UNITA em contactos exploratórios

    Tem estado a ganhar corpo nos últimos dias a informação, ainda não oficial, dando conta da ocorrência de encontros exploratórios entre altos quadros e dirigentes do MPLA e da UNITA, visando uma solução negociada para o caso da actual presidente da CNE, Suzana Inglês.

    As direcções dos dois partidos terão tomado tal decisão, em razão da onda de contestação, que esta nomeação tem sido alvo até mesmo por membros do MPLA que reconhecem o “erro crasso” cometido com a indicação daquela figura.

    A UNITA, o Bloco Democrático e a FNLA já declararam que vão levar as suas exigências até às últimas consequências, daí os dois principais partidos angolanos terem decidido negociar para encontrarem uma saída politicamente consensual e não comprometer a realização das eleições este ano.

    De acordo com informações disponíveis, os generais Higino Carneiro e Helder Vieira Dias “Kopelipa” e o jurista Carlos Feijó estariam a representar o MPLA, enquanto que a UNITA teria indicado o engenheiro Adalberto Costa Júnior, o deputado Raúl Danda, o jurista Cláudio Silva e o brigadeiro Horácio Junjuvile.

    Para já, segundo o analista Ismael Mateus, três cenários se perspectivam na mesa de negociações, sendo a primeira a possibilidade de uma das partes (MPLA e UNITA), abandonar as suas exigências e a segunda a manutenção do actual braço de ferro, com a UNITA a não participar do pleito eleitoral.

    Uma terceira saída será encontrar uma alternativa política, que permita aos dois partidos manter a actual presidente da CNE, mas fazendo outras concessões.

    Entretanto, fontes familiares ao dossier da CNE sugerem que o caso da indicação da jurista Suzana Inglês deveria ser tratado na Câmara do Cível e Administrativo do
    Tribunal Supremo, cujo responsável é, nem mais nem menos, o juiz Caetano de Sousa, a quem Suzana Inglês substituiu na CNE e a quem declarou uma “guerra aberta” contra Caetano de Sousa, que inclui a perseguição de quase todos os funcionários que com ele trabalhavam, responsabilizando-o pelos “podres” da casa, a começar pelo inusitado atraso de salários.

    Acontece que Caetano de Sousa não aceitou tomar conta do caso e endossou-o para o presidente do Tribunal Supremo, Cristiano André, que, por seu turno, o remeteu para a juíza, Joaquina Nascimento, facto que pesou no tempo em que a decisão deveria ser tomada.

    Fonte: NJ

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