O governador da província de Luanda, Bento Bento, definiu, ontem, medidas rápidas para eliminar a venda ilegal de terrenos. A medida foi anunciada durante uma reunião, no Governo Provincial, com os administradores municipais e distritais.
Durante a reunião, a grande preocupação era travar a anarquia nas reservas fundiárias do Estado. Para a solução deste problema, o Governo Provincial vai contar também com ajuda da Polícia Nacional para apanhar os infractores, que muitos são apontados como funcionários das próprias administrações.
O director provincial da Comunicação Social, Ladislau Silva, no comunicado final da reunião, informou que a zona sul da cidade de Luanda, sobretudo os Ramiros, constitui grande preocupação, porque a maior parte das reclamações são neste território.
“Vamos começar a tomar medidas sérias para estancar e desencorajar este tipo de atitudes, existem muitos cidadãos que são burlados por pessoas que se intitulam membros do Governo Provincial, daí apelamos mais uma vez à nossa população para não comprar terrenos a pessoas singulares, porque quem está autorizado a fazê-lo é o Governo de Luanda através das suas administrações”, alertou.
A administradora de Cacuaco, Rosa Dias dos Santos, disse ao Jornal de Angola que no seu município também são visíveis as ocupações ilegais de terrenos que são reservas do Estado. Pediu aos munícipes para estarem bem informados sobre os locais onde compram terrenos, por isso, “evitem comprar terrenos a terceiras pessoas”.
A administradora do município de Belas, Joana Quintas, apontou as zonas do Ramiros, Barra do Kwanza e da Camama como as que causam grandes preocupações.
“Considero isto falta de respeito às leis do país, as pessoas não devem ocupar terrenos do Estado, é bem verdade que também estão envolvidos funcionários das administrações, mas esta situação vai terminar nos próximos dias”, assegurou Joana Quintas.
A administradora referiu ainda que no município de Belas está prevista a construção de um centro de formação pesqueira, para 600 alunos, uma medida que vai ser benéfica, porque vai formar e educar os jovens, para futuramente desenvolverem pequenas e médias empresas.
A reunião extraordinária do Governo Provincial de Luanda também analisou o grau de execução do programa de acções de impacto social.
