As crónicas de Mário Crespo deixam de ser publicadas no “Expresso”, na sequência de uma decisão da direcção do semanário português de prescindir da colaboração do jornalista como colunista.
O desaguisado surgiu devido ao conteúdo de um texto de opinião de Mário Crespo publicado na edição de sábado do “Expresso”, em que classifica como “deplorável” o procedimento do jornal em relação a uma resposta de Luís Marinho, director-geral da RTP, a um texto de Miguel de Sousa Tavares onde era visado.
Numa Nota de Direcção, com 18 pontos e assinada por todos os seus seis directores, o “Expresso” considera que o jornalista da SIC Notícias comete “erros e falsidades” na acusação ao jornal.
Lê-se na nota que, após a equipa directiva do jornal ter alertado o autor para esta situação, ele “decidiu manter o texto”. Por isso, a direcção do jornal “decidiu publicar a crónica, mas dar por finda a colaboração que mantinha” com o autor.
No seu texto, Mário Crespo escreve, ainda, que Luís Marinho foi alvo de “uma estranha acusação feita com grande destaque”, e que a sua resposta foi “remetida para uma remota secção de Cartas do Leitor onde recebeu um palavroso contra-ataque”. Para o jornal português, a atitude de Mário Crespo “revela má-fé e configura uma deslealdade surpreendente”.
O jornal “Público” contactou Mário Crespo que, quando soube da reacção do “Expresso” à sua crónica, limitou-se a dizer: “fiquei surpreendido. Fiquei muito surpreendido com o teor do comunicado”. Mário Crespo já antes tinha sido dispensado de cronista do “Jornal de Notícias”, do Porto, por comportamento que atropela a ética profissional. Nesse aspecto tem no seu activo algo ainda mais grave: serve-se da sua função de jornalista da SIC-Notícias para desenvolver actividades políticas contra Angola.
Fonte: Sic