O Presidente da República, José Eduardo dos Santos, realçou hoje (sexta-feira), na cidade do Dundo, província da Lunda Norte, a capacidade de resistência e de luta dos angolanos para as conquistas actuais.
Discursando no largo do “Obelisco”, perante grande multidão concentrada para brindar-lhe as boas-vindas, o estadista disse que as conquistas que alcançadas, agora no domínio da reconstrução nacional, são em parte benefício da paz.
No entanto, acrescentou, são sobretudo fruto do trabalho de milhares de angolanos, jovens, homens e mulheres, que se entregam dia e noite para fazer desta Angola uma terra de progresso e futuro.
Por este facto, aos habitantes da Lunda Norte, o Chefe de Estado disse estar na província, com os membros do governo, para constatar este grande esforço que tem sido feito para melhorar o país e as condições de vida de todos, uma vez que não é um trabalho só do executivo e do governo provincial.
Acrescentou que os angolanos, nestas tarefas de reconstrução e Desenvolvimento, estão juntos e devem continuar a cimentar a unidade nacional e a compreensão, não se deixando levar por ideias de indivíduos que “não conhecem a nossa história, não sabem por onde nós passamos”.
Acrescentou que “muitos que são nossos compatriotas, estiveram connosco nalguns momentos ou foram depois para fora estudar ou se instalaram-se lá, hoje vêm com ideias diferentes das nossas, desajustadas do momento que nós estamos a viver”.
Referiu que os angolanos passaram por grandes dificuldades, foram agredidos várias vezes por potências ocidentais e pequenas potênciais africanas, que puseram o país de rastos, financiaram agentes subversivos, destruíram, mataram, provocaram atrocidades em várias partes do território nacional.
A tudo isso, disse, “resistimos, preservamos a unidade nacional, preservamos a integridade do território nacional e hoje, depois de muito anos e de muita luta conquistamos a paz, estamos a promover a reconstrução e a reconciliação nacional”.
Para o Chefe de Estado não devemos nunca perder de vista o ponto de onde saímos, uma vez que viemos de uma situação de extremas dificuldades.
“Diria que o país estava quase a chegar ao fundo do poço”, acrescentou.
Salientou ainda que estamos a reerguermo-nos pelo facto de, por causa da guerra, termos ficado mais pobres e as famílias ficaram desestruturadas.
Por este motivo considerou que “não é justo e honesto que algum angolano que se diga digno deste nome venha pensar em nova desestabilização, em novas perturbações para nos travar nesta senda da reconstrução e desenvolvimento”.
Fonte: Angop
