O Executivo angolano quer que até 2015 o consumo de ovos e frangos de produção nacional aumente em 50 por cento, de acordo com o ministro da Economia, Abraão Gourgel, quando discursava ontem, em Luanda, no acto de apresentação do Programa de Desenvolvimento das Micros Pequenas e Médias Empresas (PDMPME).
Abraão Gourgel convidou os empreenderes do ramo avícola das 18 províncias angolanas a aderirem ao programa, por considerar que a avicultura reúne condições para se desenvolver de forma rápida.
Este ano, o valor global para o PDMPME está avaliado em 809 milhões de dólares de dólares. As micro empresas e os produtores individuais podem pedir crédito nos bancos comerciais até seis mil dólares, com um período de graça de nove meses, mas um prazo máximo de reembolso de 24 meses.
As pequenas e médias empresas podem pedir financiamento com um período de graça de um ano, devendo devolver o dinheiro ao banco em sete anos.
O ramo da produção de ovos e frangos, referiu o ministro, foi escolhido pelo potencial que tem para reduzir o elevado peso das importações, aumentar a oferta de produtos nacionais no mercado formal e informal, proporcionar emprego directo e indirecto, bem como dinamizar a economia. O PDMPME conta com 14 subprogramas, sendo o ramo de ovos e frangos, tido como uma cadeia de valor nacional, é encarado como um potencial foco de desenvolvimento económico, por poder empregar um número considerável de trabalhadores e gerar rendimentos de forma abrangente. A avicultura tem efeito multiplicador sobre três outros sectores de actividade económica, como a agricultura, a indústria, para a produção de rações de milho, soja e trigo, e os serviços.
Para o êxito do programa, consultor do ministro da Economia, Licínio Contreiras, disse ser necessário que os criadores de galinhas poedeiras, os industriais de rações, de processamento e embalagens de ovos e carne, os serviços veterinários e de distribuição estejam integrados entre si.
Assistiu à apresentação, o secretário de Estado para a Agricultura e Desenvolvimento Rural, Amaro Taty, que encorajou os empresários a aderirem ao programa.
Fonte: JA