O primeiro presidente da Namíbia, Sam Nujoma, afirmou em Ohangwena que o resultado da batalha do Cuito Cuanavale, no sul de Angola, abriu o caminho para a independência da Namíbia e o fim do regime de “apartheid” na África do Sul.
Em declarações à imprensa após a inauguração do comité da SWAPO em Ohulushu, fronteira com Angola, o antigo chefe de Estado referiu que a batalha definiu a situação que se vivia na altura nos dois países e na África do Sul, que foi obrigada a negociar com as partes envolvidas no conflito.
“Angola esteve sempre presente e tudo fez pela independência da Namíbia, proclamada a 21 de Março de 1990”, precisou Sam Nujoma. O antigo líder da SWAPO apelou aos namibianos a reconhecerem a contribuição de Angola na conquista da independência da Namíbia.
Sam Nujoma explicou que as lutas de libertação nacional desenvolvidas pelo MPLA, pelos nacionalistas das ex-colónias portuguesas e pelas forças patrióticas contra o regime de “apartheid” na África do Sul foram marcos históricos que devem permanecer na memória dos povos.
Reconhecimento
A inauguração do comité de Ohulushu pelo presidente da SWAPO, Hifikepunye Lucas Pohamba, contou com a presença do vice-presidente Hage Geingob, do veterano Simon Mzee Kaukungwa e dos governadores das províncias angolanas do Cunene, António Didalelwa, e do Kuando-Kubango, Eusébio de Brito, ambos na condição de convidados.
O presidente Hifikepunye Lucas Pohamba sublinhou que a localidade de Ohulushu foi um centro de grandes decisões durante a luta contra o “apartheid” na África do Sul, que a todo custo procurou manter a ocupação ilegal do território namibiano.
O presidente da SWAPO reconheceu que os jovens são os potenciais continuadores dos combatentes da liberdade na busca pelo bem-estar da população e pediu à nova geração para honrar a memória dos heróis da luta de libertação do país e fazer deles marcos para a consolidação da democracia, paz, liberdade e justiça.
Fonte: Jornal de Angola