O ministro grego das Finanças assinou quinta-feira, numa reunião do Eurogrupo, em Bruxelas, os acordos relacionados com o perdão da dívida pública grega pelos credores privados, com a recapitalização dos bancos e com as garantias ao Fundo Europeu de Estabilização Financeira (FEEF), no âmbito do segundo resgate ao país.
Evangelos Venizelos deu assim mais um passo formal para que a Grécia receba o segundopacote de ajuda externa, no valor de 130 mil milhões de euros.
Os acordos foram assinados depois de o Parlamento grego ter aprovado uma série de medidas exigidas pela troika de entidades internacionais em troca do novo resgate, que deve receber luz verde final a 9 de Março.
Numa nota publicada na quinta-feira, Evangelos Venizelos declarou que a assinatura dos acordos e do memorando de entendimento relativo ao resgate “manda uma mensagem ao sector privado, mercados e à comunidade internacional, de que o sector oficial apoia a Grécia em todos os aspectos”.
O ministro grego disse esperar uma elevada participação do sector privado no programa de troca de dívida emitida pelo seu país.
“Tudo depende do que vai acontecer na semana que vem. Temos de ter a maior taxa de participação, total se possível, e acredito que vai ser efectivamente elevada”, afirmou, citado pela Reuters, antes da reunião do Eurogrupo, em Bruxelas. Para que o plano de perdão de dívida avance, pelo menos 66,1 por cento dos credores privados têm de aderir. Só assim a Grécia pode accionar as cláusulas de acção colectiva e aplicar as condições a todos os outros credores privados que detenham títulos de dívida pública grega. Condições que se traduzem num perdão de 53,5 por cento da dívida grega detida pelos privados.
“O mercado não pode esperar nada melhor do que esta oferta”, sublinhou. “Nenhum credor quer ir a correr declarar a sua participação. Vão esperar pelo fim do processo”, previu, acrescentando que “nem os credores privados institucionais gregos o fizeram ainda”.
Fonte: Jornal de Angola